segunda-feira, 5 de setembro de 2022

O Futuro

Imagem via Pedro Agostinho Cruz

Dino D'Santiago

Meu Pai: - Filho, tens a certeza que vais?

"Eu: - Pai, compreendo o teu medo, mas eu não vou à Festa do Avante …EU SOU O AVANTE✊🏿
“Dino, amigo, o Povo está contigo!” Arrancou-me lágrimas que saíram do âmago! Nunca esquecerei este dia 04-09-2022🌹"


Nota de rodapé:
Há o passado e há o futuro. 
E Dino é o futuro. 
Quem que lhe pôs um z ao peito é o passado. 
O futuro constrói-se com futuro e com ideias de futuro. "O artista existe para ser a voz amplificada do povo"
A grande ironia é que o foco do Dino tem sido o de escrever canções de amor.
Tudo o que vivemos resume-se às várias faces do amor. O ódio, a ganância, o egoísmo desmedido que nos levam aos actos mais cruéis sórdidos, cruéis e imaginários, durante milénios não são mais do que o amor num estado de doença. 
Quem acompanha a sua carreira, vê que o trabalho do Dino se resume à busca incessante da outra face do amor, onde cada um de nós representa um foco de luz e de esperança. 
Quem faz a diferença na história é mesmo a outra face do amor. 
Cabe ao PCP olhar de frente os novos desafios, discuti-los e ir à luta, apesar da desproporção de meios com que luta num mundo globalmente capitalista. 
Porém, o capitalismo não é o fim da civilização. A verdade, mais tarde ou mais cedo, vem sempre à tona de água. 
Por vezes, porém, é demasiado tarde. Lembram-se das lágrimas de crocodilo de Durão Barroso? "Durão Barroso diz que se soubesse o que sabe hoje teria tomado posição diferente na guerra do Iraque". “A nossa posição não foi ideológica ou belicista. Foi uma posição em que ponderámos o facto de haver o nosso maior aliado, os EUA — sem dúvida o aliado mais importante de Portugal — que nos pedia o nosso apoio político, e também o nosso mais antigo aliado, o Reino Unido pedia, com Tony Blair, e Espanha, o nosso único vizinho, nos pedia isso. Tudo isso ponderado, tomámos essa decisão, que é uma decisão que eu sei que é controversa, legitimamente controversa — até porque depois, infelizmente, não se verificou aquilo que nos tinha sido comunicado, que haveria armas de destruição maciça no Iraque” - citei Durão Barroso. 
Durão foi um vencedor. Mas será que um dia, num futuro que espero longo, vai conseguir morrer em paz com a sua consciência?

Sem comentários:

Enviar um comentário

Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.