«Os postais do Luís Osório são verdadeiros despertar de consciências!»

"Os auxiliares de ação médica não são lixo

1.
Passou despercebido um encontro importante, comovente e espero que decisivo.
Foi há umas semanas que a Associação Portuguesa dos Técnicos Auxiliares de Saúde, reuniu mais de 400 profissionais no seu primeiro encontro nacional.
Um auditório na Covilhã esteve cheio de gente que de lá saiu com esperança de ainda ser testemunha do dia em que a sua profissão será reconhecida como carreira.
Muitas pessoas saíram de lágrimas nos olhos.
Por que… sabem… aquelas mulheres (maioritariamente mulheres) e aqueles homens passaram a vida a ser vistos como menores ou invisíveis, gente que faz o que ninguém quer fazer, gente que está sempre disponível para o que é necessário que seja feito, gente que limpa as camas, que muda as fraldas, que são o primeiro ouvido que escuta, a primeira mão que ampara, os primeiros olhos que veem.
2.
Está a correr no site da associação uma recolha de assinaturas para levar uma petição aos deputados. Para entregar ao parlamento uma proposta que, de uma vez por todas, os dignifique e os respeite.
Não são médicos.
Não são enfermeiros.
Mas bolas.
São as auxiliares que estão na linha antes da primeira linha.
São elas que avançam antes do primeiro avançar.
Foram elas que mais se infetaram durante a pandemia, mas ao contrário dos médicos e dos enfermeiros ninguém sabe quantos auxiliares adoeceram – como se não existissem.
3.
Muito bonito que se tenham podido encontrar para discutir sobre as suas coisas, os seus problemas, as suas ambições.
Muito bonito terem-se podido sentar um bocadinho para ouvirem falar do que são.
Muito bonito terem entrado num lugar onde lhes abriram a porta e lhes ofereceram um cartão que puseram ao peito como os médicos e enfermeiros nos seus congressos.
4.
Sei que aplaudiram a secretária de Estado da Saúde que teve a gentileza de enviar uma comunicação em vídeo.
Mas não deviam ter aplaudido.
Deveriam ter exigido que a comunicação fosse feita pela ministra e no palco.
Teria sido justo.
Mulheres e homens que ganham praticamente o salário mínimo.
Mulheres e homens que mudam as camas quando algum doente morre.
Que desinfetam as paredes e lavam os mais frágeis.
Que dão o almoço e o jantar aos que não conseguem de outra maneira.
E elas, essas mulheres coragem, que tornam a casa extenuadas, que regressam cambaleantes num transporte público que as carrega de volta às periferias onde, assim que chegam, têm de arrumar, fazer a comida e tratar de tudo o resto.
5.
Não esqueço de onde vem uma parte de mim.
Não esqueço a minha avó materna sempre agarrada a uma máquina de fazer soutiens.
Sei o que é o sacrifício.
Por isso, este postal é para a minha gente.
Gente que merece ser reconhecida e apoiada.
Porque elas são sempre as que nos abrem a porta quando tocamos para entrar.
São sempre elas que vemos quando estamos desamparados.
Hoje era só isto.
Reduz-se a uma palavra este postal.
Obrigado."

«E assim vamos!»

By  

"Aeroporto Francisco Sá Carneiro, 27 de Junho, 18.00h (que raio de ideia baptizar um aeroporto com o nome de um 1º. Ministro que morreu na sequência de um voo!)  Estou a aguardar um voo para Faro. Como tenho tempo, vou circular, e entre lojas de bebidas, de perfumes, de roupa, de calçado e de comes e bebes, entro numa que tem revistas, jornais, livros, brindes, e coisas afins. Depois de ver as capas dos jornais vou dar uma pestanada aos livros. Reparo em dois, um ao lado do outro. Nada contra vender livros, e onde queiram e os aceitem. Tiro a foto que acompanha este post, e pergunto-me se estes livros são a imagem do país que somos. Se calhar são. Se se anda a promover o nosso sol e as nossas praias (do melhor que há) a nossa comida (nem tenho palavras), e o nosso vinho (excelente, quer o dito Vinho do Porto, baptizado em Gaia, quer os tintos do Douro, etc), onde fica a nossa literatura ? (Eça, Pessoa, Camões, Camilo, Gil Vicente, Saramago, Lobo Antunes, Torga, Aquilino, e tantos outros). Deve ser mesmo muito fraca e envergonha-nos, portanto não pode estar nas portas de entrada e de saída do nosso País."

quarta-feira, 29 de junho de 2022

terça-feira, 28 de junho de 2022

Produtividade: reunião de câmara de hoje durou menos de dois minutos...

Foi, talvez, "a reunião camarária mais rápida da democracia portuguesa".

«Na reunião de hoje, que durou menos de dois minutos, o município votou, por unanimidade, o aumento de 5% na transferência de verbas para as 14 freguesias do concelho, aumentando o valor total de 764 mil euros para 813 mil euros, que terá ainda de ser ratificado pela Assembleia Municipal da próxima quinta-feira.

O aumento de 5% nas verbas destina-se a suportar os aumentos com a manutenção dos espaços públicos e zonas verdes.

“Neste momento, não podemos cumprir as obras que estão previstas no Orçamento para as freguesias, porque cada empreitada quase duplicou”, sublinhou Santana Lopes, adiantando que o município está a “reformular tudo”.

O autarca queixou-se que “disparou tudo para níveis absolutamente inacreditáveis”.

O presidente da Câmara da Figueira da Foz revelou hoje que o município vai assinar com a Universidade de Coimbra (UC) o protocolo de instalação de um polo de ensino superior na cidade, na primeira quinzena de julho.

Pedro Santana Lopes disse aos jornalistas, no final da reunião de Câmara extraordinária de hoje, que as aulas deverão iniciar-se entre “setembro e novembro”, na Quinta das Olaias, que vai servir de base logística.»

Via Diário as Beiras

Hoje, pelas 17H30, há reunião de câmara

 Via Diário as Beiras

A ordem de trabalhos pode ser consultada, clicando aqui.

segunda-feira, 27 de junho de 2022

Cerca de 180 militantes do PSD estão prestes a ser expulsos do partido. Na Figueira são 61 os abrangidos...

Segundo o Jornal de Notícias, "cerca de 180 militantes do PSD estão prestes a ser expulsos do partido, após apoiarem listas adversárias nas eleições autárquicas de setembro de 2021, de acordo com o Jornal de Notícias.
Segundo a mesma publicação, o Conselho de Jurisdição Nacional (CJN) dos sociais-democratas está na fase final de uma análise a 21 processos disciplinares, que visam precisamente a expulsão desses militantes pelo período de cinco anos.
Na Figueira da Foz há cerca de 61 visados, em Oeiras 50 e na Guarda 23, adianta o jornal, acrescentando que a maioria destes processos só chegaram ao CJN dois meses depois das autárquicas.
Até ao momento, dois processos já resultaram na expulsão de cerca de 20 militantes, havendo outros 17 que estão agora nas mãos do CJN, para que seja feito um relatório e apurada a consequência.
Espera-se que esteja “tudo resolvido ou encaminhado” até ao congresso de 1 a 3 de julho, no Porto, que corresponde também ao final do mandato do presidente do CJN, Paulo Colaço, tal como confirmou o próprio ao jornal."

Num ano muita coisa mudou na hotelaria e restauração figueirense

Segundo a edição do dia 20 de Junho de 2021 do Diário as Beiras, a restauração e a hotelaria viviam dias difíceis na Figueira.
A restauração da Figueira da Foz fazia um balanço negativo do primeiro fim de semana com novas restrições. Nomeadamente, a obrigatoriedade de os clientes apresentarem o certificado de vacinação ou testes negativos para poderem aceder ao interior dos estabelecimentos e o encerramento às 22H30. As esplanadas descobertas foram as menos afetadas, já que estão isentas daquelas regras, embora também estejam obrigadas ao cumprimento do mesmo horário. 

“Foi um fim de semana complicado. Fomos apanhados um pouco de surpresa, em relação aos testes, e tivemos de nos adaptar. Conseguimos fazer a leitura dos certificados de vacinação com uma aplicação no telemóvel e, em alguns casos, tivemos de recorrer aos testes rápidos. Fomos bastante penalizados”, afirmou o presidente da Associação Figueira com Sabor a Mar, Mário Esteves.

O dirigente disse ainda  que “houve uma diminuição de clientes que pode ter chegado aos 40 por cento”. O verão, garantiu, “já está comprometido, em termos de faturação, e se esta situação se prolongar, serão acumulados mais prejuízos”.

Um ano depois, as coisas no sector mudaram.

Via Diário as Beiras

O deserto figueirense em 2022: nem futebol, nem actividade política...

No essencial, em 2022, a Figueira tem dois grandes problemas: não tem futebol nem actividade política que mereça a atenção dos órgãos de informação local e ocupe o povo.
A nível local, não existem notícias sobre transferências de jogadores da bola, despedimentos de treinadores ou eleições de dirigentes desportivos, capazes de captar o interesse dos media locais e do "povão".
O futebol, na Figueira, tirando meia dúzia de anos, foi sempre um fenómeno discreto e pouco mediático.
Reflectindo, ainda que ligeiramente, sobre esta realidade local, damos facilmente conta que o futebol na Figueira, ao contrário do que acontece em inúmeras cidades do nosso País, nunca ocupou o espaço mediático local, nem mereceu a atenção do povo. Portanto, seria, digamos assim normal, que face ao deserto vivido no mediatismo futebolístico, a política fosse algo importante no dia a dia dos figueirenses, merecedora da sua atenção por ser algo debatido no interior dos partidos políticos.
Porém, pelo que conheço, assim não acontece. A discussão política séria, entre pessoas sérias que discutem projectos e que os tentam pôr em prática, não é uma prática usual na política figueirense. No fundo, aquilo que deveria ser uma prática normal numa sociedade democrática, com credibilidade suficiente para despertar a atenção dos cidadãos, pois o que o que está em em causa é o seu futuro em sociedade, não acontece. 
A Figueira do futuro, depende de muita coisa. Fundamentalmente do bom funcionamento do porto da Figueira da Foz, uma “questão relevantíssima” para o desenvolvimento do concelho. Naturalmente, a par de outras, como a existência de terrenos para fixar novas empresas e de um espaço para instalar o ensino superior na cidade.
O porto comercial, desde sempre, foi fundamental para o desenvolvimento da Figueira. No futuro, também será assim. 
Mas, há meses o que tem sido discutido sobre este assunto tem sido outra coisa: se Carlos Monteiro vai ou não para administrador!..
O que temos é a continuação da "política virtual" que acontece em todos os períodos eleitorais, que só discute lugares, que se esgota na conquista de votos após a realização das eleições, sem substrato e que não tem outro projecto que não o perpetuar-se no "bocadinho" do poder que tem, custe o que custar.
Os figueirenses, com as poucas excepções existentes, não acreditam na política como algo sério. Temos o que temos: a "política espectáculo", que mais não é do que isso mesmo -  um espectáculo, sem tradução substantiva e que merece a mesma atenção que é dispensada a qualquer outro espectáculo.
Pena o futebol, na Figueira, não conseguir mobilizar o povo e por isso não ter tido também futuro ao mais alto nível. Por cá, o futebol teria, pelo menos, uma  vantagem sobre a política como fenómeno de entretenimento: é apenas um desporto. E, na Figueira, no tempo áureo, tinha bons artistas. 

sábado, 25 de junho de 2022

Tudo como dantes: continuo a pedalar a minha bicicleta...

No passado dia 23, publiquei esta memória (O dia em que conheci pessoalmente Pedro Santana Lopes) na minha página pessoal, no facebook. Foi um texto que se me soltou ao correr do teclado, a meu ver, inócuo e inofensivo. Passo a citar:

"Não estive no mesmo espaço físico com Pedro Santana Lopes, mais do que meia dúzia de vezes. 
Tenho inúmeros defeitos. Como, de resto, todos nós. Todavia, por enquanto, tenho memória.
Há 25 anos, Pedro Santana Lopes ganhou a presidência da câmara municipal da Figueira da Foz, com 60 por cento dos votos.
Há 25 anos, por esta altura do mês de Junho, andava Pedro Santana Lopes em pré-campanha eleitoral pela Figueira.
Há 25 anos, talvez a 28 ou 29 de Junho de 1997, estive com Pedro Santana Lopes, pela primeira vez, ao vivo. 
Foi no Largo da Capela, em S. Pedro, pouco antes da saída da procissão. 
Certamente que Pedro Santana Lopes não se deve recordar do episódio, mas a cena passou-se assim.
Estava um dia quente. Era domingo. A procissão em honra de S. Pedro estaria prestes a sair da Capela para ir percorrer as ruas da Cova e Gala. Eu, mais alguns amigos, seriam cerca de 4 da tarde, estávamos no largo frente à Capela, junto a uma roloute, a beber um fino. Pedro Santana Lopes passou por nós e cumprimentou-nos. Apertou a mão a todos. 
Também a mim. Notei um pormenor: Santana Lopes era humano como eu - estava nervoso e pouco à vontade. 
Tal como todos nós, Pedro Santana Lopes "tem os seus carmas, as suas contrariedades para ultrapassar, os seus pecados para descontar."
Tal como todos nós, Pedro Santana Lopes, "pode ter dado trambolhões, ter-se distraído e saído da estrada, mas, na essência, tem vindo pela estrada da sua vida."
Pedro Santana Lopes, no fundo, quer pouco: "quer ser feliz. Quer sentir-me realizado."
Estou em crer, que essa vitória de Pedro Santana Lopes em 1997, mudou o rumo da sua vida, mas mudou também  a nossa vida,  enquanto figueirenses e moradores no concelho da Figueira da Foz.
Esteve 4 anos como presidente da autarquia figueirense e, por aqui, nunca mais nada foi como anteriormente.
Os seus admiradores dizem que Santana Lopes, como autarca figueirense, deixou obra feita no concelho. Os mais entusiastas, consideram-no mesmo o melhor presidente de câmara que passou pela Figueira.
Não é essa a minha opinião: a meu ver o melhor presidente que passou pela autarquia da Figueira foi o eng. Coelho Jordão.
Mas também tem detratores.
Reconheço em Santana Lopes  virtudes. Como, presumo, tal como eu, não ter  suportado a ideia de ter tido Cavaco Silva como Presidente da República.
Volvidos 24 anos, Santana voltou a concorrer à Figueira da Foz e voltou a ganhar. 
Com um "resultado fantástico", mas sem maioria. Todavia, “ganhar naquela circunstâncias foi uma proeza sem igual”. 
Está no poder há pouco mais de 8 meses. As pessoas podem não gostar de Pedro Santana Lopes, porém, têm de reconhecer que é capaz de tomar opções mesmo quando elas o prejudicam. Só por acreditar e achar que é esse  o seu dever.
E é um ser humano, tal como nós: tem humores, nervos, sentimentos e dúvidas..."

Veio alguma malta, também a do Viso, acusar-me de tudo e de "mais um par de botas". Normal. Já estou habituado. 
Ontem, porém, houve algo de diferente.
Via Fernando Campos.
"Parabéns. Se me tivessem contado eu não acreditava. Mas eu li, reli, tresli, reconheço – e concedo: nunca vi lamber um cu com tanta proficiência, tanto esmero, tanto gosto, sei lá, tanta jactância. Isto é uma peça autêntica “de antologia”.
Bravo. Nada subtil mas ao mesmo tempo com um jenesécoá de “não fazer fazendo” que, confesso, se fosse eu o cágado engraxado (ou se fosse meu o cu lambido) estaria desvanecido e considerando.
Já como simples espectador (não tendo nada a ver - nem a haver - com isto) estou apenas embaraçado. Confesso que nem sei onde me meter. E tinha que o dizer. Mas é só.
Em todo o caso, boa sorte."

Continuam a existir pessoas que têm tantas certezas sobre tudo, que já só verdadeiramente toleram escritos que vão ao encontro do que já pensam.
Tudo o resto é motivo para lançarem a sua lama. Sem especificar. Sem demonstrar. Sem esclarecer.  
Pelos vistos, o rigor analítico também não é sinónimo de honestidade intelectual. 
Dou isso de barato. Se quiserem mesmo de borla.  
Para muitos, Lenine e Marx é tudo, mais ou menos, o mesmo. Mais pormenor, menos pormenor, mais 50 anos, menos meio século, mais diz que disse, ou menos diz que disse, vai dar tudo ao mesmo. 
O que interessa é dar jeito ao se quer escrever.
Estou habituado a coisas destas há muitos, muitos anos. Vinda de tipos de esquerda e de direita. A uni-los, sempre  a mesma coisa: a boçalidade. 
Desde 1980, nos tempos do Barca Nova. Nos últimos 16 anos, por causa do OUTRA MARGEM.
Eu estou onde sempre estive: o exercício da cidadania e a actividade política nunca foram, para mim, um modo de vida, mas apenas uma vida em modo de serviço público. 
Sempre temporário. 
O poder político, só ganha com alternâncias e perde muito com permanências absolutas e longas em cargos de eleição ou nomeação.
Sempre pensei assim. E assim continuo a pensar.
A oposição, em democracia representativa, terá de ser feita, em primeiro lugar, pelos partidos políticos.
Deixo uma questão em jeito de pergunta: até ao momento, alguém conhece uma conferência de imprensa, algum comunicado ou alguma tomada de posição partidária, e pública,  em relação à gestão de Santana Lopes à frente da Câmara, nesta sua segunda passagem como presidente da Figueira da Foz e do seu concelho?
E já lá vão 8 meses de mandato...

A minha página do facebook, é a minha página. Só lá vai quem quer.
É a minha página, onde expresso as minhas opiniões, sensações, afectos, desilusões, ilusões, emoções.
Só não publico "estados de alma", porque não tenho "estados de alma".
Quem não gostar do que escrevo - e se isso, porventura, incomodar - não vejo motivo para continuar a lá ir.
É tão simples como isso.
Como não publico os meus "estados de alma", porque não os tenho, presumo que a minha página no facebook não será o local indicado para outros irem postar "estados d´ alma".

Rescaldo das comemorações do Dia da Cidade: Emílio Torrão, presidente da CIM - e também morador na Figueira da Foz - elogia Santana Lopes

Via Diário as Beiras
"O Dia da Cidade da Figueira da Foz celebrou-se ontem no Centro de Artes e Espectáculos (CAE), tendo como ponto alto a atribuição de distinções honoríficas a diversos figueirenses, dois a título póstumo. 
Na sua alocução, o presidente da câmara municipal, Pedro Santana Lopes, defendeu que “as pessoas devem ser homenageadas em vida e na plenitude das suas faculdades”, para sentirem o apreço da comunidade. 
Ainda a propósito das distinções, o autarca e anfitrião da sessão solene do feriado municipal frisou que “quem tem de se sentir honrado é quem distingue e decide distinguir”, ao atribuir distinções a pessoas marcantes para a sociedade. E realçou ainda a “gratidão” que é devida aos homenageados, acrescentando que “é um honra poder distingui-los”
Os distinguidos foram Fernando Cardoso (Medalha da Cidade), Laurinda Natércia Crisanto (Medalha da Cidade, a título póstumo), Maria Coimbra (Medalha da Cidade), Américo Nogueira (Medalha de Mérito Comercial, a título póstumo), Carlos Noronha Lopes (Medalha de Mérito Social), Góis Moço (Medalha de Mérito Social), Mário Nunes (Medalha de Mérito Cultural) e Victor Pereira (Diploma de Reconhecimento). 
 
Pedro Santana Lopes abordou, também, a conjuntura actual, nacional e internacional. Colocou o acento tónico nas anunciadas medidas de descentralização que o Governo pretende levar a cabo. Nomeadamente, reforçar as competências das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional e a regionalização. A este propósito, enfatizando a importância das Comunidades Intermunicipais, o autarca e ex-primeiro-ministro advogou que não se pode passar do centralismo nacional para o centralismo regional. 
Por sua vez, o presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC), o socialista e presidente da Câmara de Montemor-o-Velho Emílio Torrão, frisou que “sente-se uma Figueira mais alegre, mais determinada e mais eufórica”
Os elogios foram dirigidos ao seu homólogo independente Pedro Santana Lopes, numa sessão solene onde também estava sentado, na primeira fila e ao lado do presidente da comunidade de municípios, o antecessor do autarca figueirense, o vereador do PS Carlos Monteiro. Mantendo a postura institucional, Emílio Torrão destacou a estreita colaboração entre a autarquia figueirense e a CIM-RC. “Todos temos a ganhar com uma Figueira mais forte. A Figueira é muito importante para a Região de Coimbra”, defendeu. Afirmou ainda que conta com os projetos de Pedro Santana Lopes “para engrandecer a Região de Coimbra”.

sexta-feira, 24 de junho de 2022

A importância do "comercial" Santana Lopes como presidente de câmara

Na Figueira, o que tornou o passar dos últimos 12 anos, antes de Setembro de 2021, melancólico, não foi o desaparecimento de festa e alegrias (na Figueira foi, é e vai continuar a ser, sempre carnaval), mas o desaparecimento de esperanças.

As pessoas que estiveram na Câmara entre 2009 e 2021, quando chegaram ao poder, esqueceram-se do que tinham dito e defendido quando estavam na oposição, principalmente entre 2005 e 2009.

Via Diário as Beiras

Primeiras comemorações do Dia Cidade do actual mandato de Santana Lopes

 Via Diário as Beiras 


O Dia da Cidade da Figueira da Foz, feriado municipal, celebra-se hoje, 24 de junho. 

Estas, são as primeiras Festas da Cidade do actual mandato autárquico de Pedro Santana Lopes, que tomou posse em outubro do ano passado. 
Pelas 11H00, no Centro de Artes e Espetáculos (CAE), realiza-se a sessão solene, marcada pela entrega de distinções honoríficas a cidadãos figueirenses e a funcionários do município que se aposentaram no último ano. 
Do programa destaca-se ainda, pelas 16H00, na igreja matriz da cidade, a missa solene, seguindo-se a procissão, que culmina com a tradicional bênção do mar, na praça da Europa. 
O último desfile das marchas populares de S. João, no Coliseu Figueirense, começa às 21H30. 
O dia termina com o espetáculo de Mónica Sintra, na praça João Ataíde.

Os distinguidos deste ano no Dia da Cidade são Fernando Lopes Cardoso (Medalha da Cidade da Figueira da Foz, concedendo-lhe o título de Cidadão Honorário da Figueira da Foz), Laurinda Natércia de Albergaria Pereira Crisanto (Medalha da Cidade da Figueira da Foz, concedendo-lhe o título de Cidadã Honorário da Figueira da Foz, a título póstumo) e Maria Teresa de Oliveira Ferreira Coimbra (Medalha da Cidade da Figueira da Foz, concedendo-lhe o título de Cidadã Honorário da Figueira da Foz). 
São ainda distinguidos Américo Alexandre Vaz Proença Nogueira (Medalha de Mérito Comercial em Prata Dourada, a título póstumo), Fernando Góis Moço (Medalha de Mérito Social em Prata Dourada), Mário Nunes (Medalha de Mérito Cultural em Prata Dourada), Victor Manuel Tavares da Silva Pereira (Diploma de Reconhecimento) e 23 funcionários municipais aposentados. 
Na imagem os três figueirenses que este ano recebem a medalha da cidade.

quinta-feira, 23 de junho de 2022

Reunião de Câmara de ontem foi complicada...

 Via Diário as Beiras


"O presidente da Câmara da Figueira da Foz afirmou, ontem, na reunião e aos jornalistas, que não viabilizará o projeto da piscina-mar, que prevê a construção de uma nova ala, para aumentar a área de alojamento no imóvel classificado, e a redução da piscina. O autarca adiantou ainda que o concessionário deixou caducar o prazo para levantar o alvará de construção, o que pode abrir as portas da resolução unilateral, pelo município, do contrato de concessão. “Aquele projeto não vai para a frente. Não tem pés nem cabeça”, afirmou Santana Lopes. Por outro lado, admitiu que também não simpatiza com a concessão, “por causa da experiência havida”
A piscina-mar foi objeto de discussão, quando Santana Lopes acusou o seu antecessor Carlos Monteiro (atual vereador do PS) de ocultar um desconto de 75 por cento nas taxas municipais sobre as obras da piscina-mar. Isto porque, recentemente, o socialista opôs-se à redução de taxas para o loteamento do Grupo Visabeira nas Abadias, onde pretende construir um hotel e uma estrutura residencial para idosos. O autarca socialista argumentou que a proposta relativa à piscina- -mar está explicitamente contemplada no regulamento municipal, ao contrário da do Grupo Visabeira. E solicitou que ambos os processos sejam analisados na próxima reunião de câmara."

UCRÂNIA: ABANDONADA E REFÉM DE UM DESTINO INGLÓRIO

Aɴᴀ Cʟᴀʀᴀ 

"O Ocidente, como é seu hábito, acomoda-se a uma realidade, quando ela é persistente. Mas, sobretudo, quando sai da linha editorial das televisões 24 horas por dia. Acontece com todos os acontecimentos. Se pensarem bem, já quase não falamos da guerra no nosso dia-a-dia. Passadas as semanas iniciais, apenas falamos hoje do que se passa a leste unicamente pelas suas consequências. Que chegam às nossas vidas todos os dias, mais pelos preços dos bens que nos tocam na carteira, do que pelo horror. 

Já ninguém clama por justiça afincadamente. Já não nos horrorizamos. É legítimo. Somos carne para canhão nas nossas vidas. Passamos à prioridade seguinte e ao drama que nos chama."

Quem disse que as metáforas estão reservadas apenas à poesia e ao romance?..

“Quem perde é a Figueira da Foz”, afirmou o presidente aos jornalistas. 
O resultado da votação levou ainda Santana Lopes a afirmar que o terá em consideração para “desenvolvimentos políticos futuros”

Via Dário as Beiras


OH ROSA ARREDONDA A SAIA ....

Hoje, a oposição chumbou a adesão do município da Figueira da Foz à Fundação de Serralves
Na reunião camarária realizada esta manhã, a oposição ao executivo minoritário da Câmara da Figueira da Foz, liderado por Pedro Santana Lopes, chumbou a adesão do município ao núcleo de fundadores da Fundação de Serralves (Porto), depois de dois adiamentos da proposta.
Os votos contra dos quatro vereadores do PS e do único vereador do PSD reprovaram a intenção do executivo estabelecer um protocolo de quatro anos com a Fundação de Serralves, que implicava o pagamento de 100 mil euros e um conjunto de contrapartidas.
Aos jornalistas, Santana Lopes, eleito pelo movimento Figueira a Primeira, mostrou-se “surpreendido” com o sentido de voto dos autarcas socialistas, depois “do que tinham dito na reunião anterior”, salientando que “quem fica a perder” é a Figueira da Foz.
Recorde-se: em 1 de junho de 2022, o vereador socialista Carlos Monteiro, ex-presidente da Câmara, defendeu a inclusão de um documento anexo complementar ao protocolo contendo as mais-valias para o município da adesão à Fundação Serralves “para não haver conflito entre a Câmara e a Assembleia Municipal”. Salientando que o PS viabilizaria a proposta na Câmara, dado que o executivo “tem direito a errar”, Carlos Monteiro alertou para o voto contra da Assembleia Municipal se um documento anexo e o parecer da diretora cultural não acompanhar o protocolo. “Hoje votarmos a favor é perdermos depois a face na Assembleia Municipal”, sustentou.
Entretanto, Santana Lopes disse no final da reunião camarária de hoje aos jornalistas: “Procurarei trabalhar para que fique a perder o menos possível e já garanti duas exposições”, disse o antigo primeiro-ministro, considerando que a Fundação de Serralves poderia “fazer um grande trabalho no ambiente e ao nível das escolas”.
O líder a oposição, Carlos Monteiro, justificou o voto contra dos socialistas com o facto de um conjunto de propostos não estar vertido no protocolo de adesão, mas sim numa carta de intenções “das quais discordamos de algumas, como, por exemplo, dar benefícios aos trabalhadores da Câmara”.
O ex-presidente da Câmara, derrotado nas últimas eleições, entende que só “faz sentido dar benefícios a todos os figueirenses” e lamentou ainda que a carta de intenções não estivesse assinada nem datada.
“Aquilo que nos levou a votar contra é que a carta não tem data, não está assinada, nem há nenhuma remissão do protocolo para essa carta. Aquilo que tinha sido sugerido em Assembleia Municipal para constar do protocolo não consta”, disse.
Em declarações aos jornalistas, Carlos Monteiro assumiu que caso tivesse sido apresentado um protocolo objetivo e com as atividades calendarizadas, o PS teria optado pela abstenção, viabilizando a proposta do executivo municipal.
Para Ricardo Silva, único vereador eleito pelo PSD, pagar 100 mil euros para o concelho aderir ao núcleo de fundadores da Fundação de Serralves “é esbanjar dinheiro público sem retorno nem para Figueira da Foz”.
Já na última reunião, o autarca social-democrata tinha considerado “completamente imoral gastar 100 mil euros de dinheiro público para conseguir o empréstimo de obras de arte, quando temos instituições e particulares a ceder gratuitamente, durante 10 anos, obras de arte”.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz lamentou que os vereadores do PS tivessem votado contra por causa de “uma carta não assinada”, que, de acordo com a diretora municipal de Cultura, só teria de ser assinada no ato de adesão do município à instituição portuense.
Após o resultado, Santana Lopes disse que vai considerar a votação para “desenvolvimentos políticos futuros”.
“Refiro-me à importância que vou dar àquilo que as pessoas assumem como posição política e, portanto, a medida em que levo a sério ou não aquilo que as pessoas dizem”, sublinhou aos jornalistas.

“As nossas praias são seguras”, garantiu Anabela Tabaçó no decorrer da cerimónia simbólica do hastear da Bandeira Azul no concelho

Via Diário as Beiras
«O Concelho da Figueira da Foz tem a Bandeira Azul hasteada em 10 praias - Leirosa, Cova-Gala, Hospital, Buarcos, Relógio, Quiaios, Murtinheira, Tocano, Tamargueira, Cabedelo e Costa de Lavos. Ou seja, o mesmo número de distinções atribuídas em 2021.
Contudo, “o Município quer candidatar mais praias no próximo ano”, adiantou a vereadora Anabela Tabaçó. Este ano, a autarquia contratou 75 nadadores-salvadores, 65 dos quais estão ao serviço desde o dia 1 deste mês e os restantes 10 serão contratados em breve.
O Bom Sucesso é a única freguesia costeira da Figueira da Foz que não tem zona balnear, já que a Praia da Costinha não tem acessibilidades. Mas poderá ser uma questão de tempo, uma vez que, como o DIÁRIO AS BEIRAS adiantou, o presidente da câmara municipal, Pedro Santana Lopes, pretende melhorar o acesso, pela estrada florestal, em articulação com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.»

Todos cometemos erros: até António Costa

"O que Costa fará a Temido", por Luís Osório


"1.
Está por fazer a história da pandemia.
O que se teve de mudar nos hospitais, os sacrifícios que se pediram em nome de um objetivo maior, a coragem política para enfrentar a tragédia que se adivinhava.
Houve momentos em que o mundo se pareceu desmoronar.
Tivemos medo, amigos partiram sem que nos pudéssemos despedir, vimos surtos de morte em lares e filas intermináveis de ambulâncias à porta de hospitais.
A ministra ganhou o seu lugar na história por ter enfrentado uma guerra. A estoica resistência de médicos, enfermeiros e auxiliares do Serviço Nacional de Saúde foi vista por uma parte substancial dos portugueses como fruto da sua própria resistência.
Por isso, António Costa teve uma maioria absoluta.
E é justo que se diga o que ainda ninguém disse: o primeiro-ministro deve uma parte da sua maioria absoluta a Marta Temido.
2.
Convenci-me de que a ministra continuaria no governo, mas noutra pasta. Teria sido prudente.
Mas António Costa decidiu mantê-la na Saúde e foi um erro crasso.
Alguém que pede sangue, suor e lágrimas durante a pandemia, não pode ser a mesma que pede mais sacrifícios, mais coragem e mais resistência aos profissionais do SNS para enfrentar uma reforma impossível de adiar.
Numa guerra fazem-se inimigos, destroem-se pontes, perde-se energia e ilusões. E Marta Temido bebeu o cálice da pandemia até à última gota.
3.
A tempestade perfeita dos últimos dias chocou de frente com esta evidência.
A página da pandemia tinha-se felizmente virado e o livro da Saúde voltara ao capítulo de sempre.
As pressões, o dinheiro que se ganha ou deixa de ganhar, as figas que muita gente faz para que tudo corra mal no SNS.
Afinal, quanto mais ineficaz for, mais parcerias com privados terão de ser feitas.
Quanto mais buracos existirem nos hospitais públicos mais a população procurará outras soluções.
Quanto maior for a confusão melhor será para os que diabolizam o setor público.
4.
Eis o paradoxo: apesar de António Costa ter cometido um erro de avaliação, não pode demitir Marta Temido, seria pior a emenda do que o soneto.
António Costa não o fará.
Não só não a demitirá como será a ministra a lançar as bases de uma reforma necessária. Lançará as bases, mas não poderá ser ela a concluir a missão.
Recapitulo então para que fique claro.
O primeiro-ministro apoiará Marta Temido.
A ministra da Saúde comprometer-se-á com os portugueses e apresentará dentro de uns meses o plano de reforma do governo.
Existirá oposição, polémica e confusão.
Mas António Costa ganhará tempo e no momento certo, provavelmente na primeira remodelação, Marta Temido será chamada a um outro lugar igualmente importante e um ministro fresco enfrentará a fogueira que se adivinha.
Um dia cá estaremos para saber se tenho razão."