Sejamos claros: em 2021, 46 anos depois, vivemos um dia triste.
Há precisamente 46 anos, tinha eu 21 anos de idade, terminava o sonho de uma geração que acreditava num mundo melhor.
Há 46 anos a democracia sofreu em Portugal uma derrota histórica.
Os efeitos, mesmo para os que dizem apoiar o 25 de Novembro de 1975, nunca deixaram de ser evidenciados pelas governações que se seguiram até hoje, incluindo a "geringonça".
Tem sido um processo lento. Porém, cadad mais visível em toda sua dimensão.
Nesta derrota, como em qualquer outra, seja ela de que natureza for, nunca se pode acusar o inimigo de ser o responsável pela nossa derrota. A responsabilidade foi nossa. De quem na euforia de vitórias pouco estáveis actuou sectariamente, com triunfalismo despropositado e sem capacidade para consolidar alianças que, num espírito de compromisso, garantissem a vitória.
A História, sem deturpações, é conhecida. A partir do momento em que o genuíno MFA se fraccionou, depois de já terem sido politicamente eliminados os elementos espúrios que por oportunismo político tinham alinhado no 25 de Abril, ficou selada a derrota. Tudo começa e acaba ai.
Importa também dizer que nem todos, embora fossem poucos, os que estavam com o 25 de Novembro de 1975 concordaram, posteriormente, com os seus desenvolvimentos.
A direita fez o seu papel: adaptou a sua estratégia à exigência histórica do momento.
Outros há, - e são muitíssimos-, que tendo estado do lado das forças derrotadas, hoje as renegam, fazendo crer aos vindouros que sempre estiveram do “lado certo” da História.
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