Foto via Diário as Beiras |
As suas intervenções nas
reuniões de câmara, esclareceu Miguel Amaral, dão
sequência ao “dia a dia de
uma pessoa atenta ao que
se passa na Figueira da
Foz” e “preocupada com
o seu desenvolvimento”.
Nas últimas eleições autárquicas, em 2017, exemplificou, “a abstenção na
cidade rondou os 70 por
cento, o que denota o
pouco interesse que os
figueirenses manifestam
pela sua cidade. Há exceções, mas, infelizmente,
são poucas”.
A participação política em democracia engloba a possibilidade de cada cidadão poder responsabilizar politicamente aqueles que elegeu. Cada cidadão pode pedir contas a determinado político por determinada actuação, omissão ou ausência. E pode penalizá-lo com o seu voto.
Por outro lado, o bom funcionamento da justiça é essencial numa democracia por várias ordens de razões. Entre outras, a saber: é preciso que as pessoas possam fazer valer os seus direitos e sintam que há penalização de quem viola a lei; é preciso recuperar um sentido de responsabilidade, individual e social; é preciso que os próprios políticos - que fazem as leis - não sejam "mais iguais que outros" perante a lei; é preciso que haja orgãos de comunicação social atentos e contribuintes para o esclarecimento da opinião pública.
Não haverá na Figueira, uma vida política moderna, boa e saudável enquanto reinar um sentimento de impunidade da partr da classe política. Se a legislação e a lei não for aplicada ou se não for cumprida por todos, de nada serve.
Em democracia o voto assume importância fundamental. Mas, para isso, exigem-se cidadãos atentos, interessados e intervenientes pelo que se passa à sua volta.
A realidade, porém, demonstra que na Figueira a cidadania é uma lenda e que a justiça (célere e eficaz) não existe.
A prova disso é que o simples facto de haver na Figueira "um municípe interventivo e atento à gestão autárquica" é notícia de jornal.
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