João Vaz, publica na edição de hoje do Diário as Beiras, uma crónica que vale a pena ler.
Aborda um tema interessante.
"Quem já atravessou a ponte Edgar Cardoso a pé ou de bicicleta?"
Creio que poucos. E, eu, que já o fiz algumas vezes, a pé concordo com João Vaz.
"Porque simplesmente não há acessos para peões nem bicicletas dignos. Não há segurança até chegar à ponte, o investimento foi todo colocado ao serviço dos carros e dos camiões. É este o nosso atraso em relação ao resto da Europa, um desprezo pelo peão."
A Ponte Edgar Cardoso foi inaugurada no início dos anos 80 do século passado, mais precisamente em 1982.
Em 30 e tal anos muita coisa mudou. Também na engenharia e na filosofia da construção de pontes.
Contudo, muitos anos depois, a nova Ponte dos Arcos, no essencial, limitou-se a facilitar a vida ao trânsito motorizado.
A nova Ponte dos Arcos não foi pensada, planeada, projectada e construída para peões e ciclistas.
É, por conseguinte, uma via perigosa para os “mais vulneráveis”.
E as coisas poderiam ter sido diferentes. Algo poderia ter sido rectificado, melhorado ou resolvido.
Assim os políticos o tivessem querido.
Por exemplo, na reunião da Câmara Municipal da Figueira da Foz, realizada no dia 9 de 2008, a questão foi abordada por iniciativa do então vereador da oposição João Vaz, do PS.
Contudo, o assunto já era abordado em blogues e nos jornais.
O OUTRA MARGEM foi disso exemplo.
No Diário de Coimbra do dia 9 de 2008, em caixa, na edição papel, o jornal alertava que a nova Ponte dos Arcos é perigosa para os peões.
Mas, para além das deficiências e perigos enfrentadas pelos peões, outras lacunas existem que, talvez, ao tempo, ainda pudessem ter sido rectificadas.
Uma ponte construída de raiz, em 2006, deveria ter sido pensada e planeada para se inserir naturalmente no meio envolvente, e não ser colocada no local a martelo...
A Ponte dos Arcos (a nova) foi inaugurada no dia 27 de Outubro de 2008.
“Será que ainda não repararam que os passeios da nova ponte vão dar a lado nenhum?
Quem vem a pé da ponte Edgar Cardoso, como pode aceder aos passeios, sem ter de andar pela berma da faixa até perto do tabuleiro e saltar as protecções metálicas? "
Foto João Pita |
Adiante, pois falar agora do atribulado e acidentado processo de gestação desta obra, seria chover no molhado.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.