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Vive-se, para não sermos muito contundentes, num ambiente que alguém designou por “asfixia democrática”.
O silêncio é imposto - muito pouco se opina e muito pouco se argumenta, pois muitos sentem-se intimidados e, por isso, calam e consentem.
Só o poder - e os seus correios de transmissão -, pode ter liberdade total de expressão.
Os que continuam a teimar em remar contra a maré, sujeitam-se a ameaças, a ofensas pessoais de gente que, por tudo e por nada, se arma em virgem ofendida, mas não recua em provocar e ofender os outros.
Foi neste clima que ocorreu no passado fim de semana o acto eleitoral no PSD Figueira. Até para quem não é militante do PSD, foi fácil de ver, a olho nu, o que estava em causa: dum lado, a lista liderada pelo único vereador que tem feito oposição a esta gestão da Figueira, que está a conduzir o concelho para um desastre, cujas proporções são ainda difíceis de perspectivar em toda a sua dimensão; no outro, estava uma lista "tenrinha", abençoada pelo actual poder figueirense. Simplificando: era a lista que convinha aos instalados do centrão figueirense, que não tem ideologia, partidos, religião ou clube desportivo - tem apenas interesses pessoais ou de grupo.
A vitória da lista liderada pelo único vereador que tem feito oposição, na opinião de inúmeras pessoas que não têm nada a ver com o PSD "é uma ténue réstea de esperança para que seja possível mudar algo na Figueira nos próximos anos".
Enganaram-se os que têm procurado atacar o OUTRA MARGEM. Na Figueira, há-de terminar o medo. O número de cidadãos que seguem o OUTRA MARGEM não pára de aumentar. Cada vez é maior o número dos que não têm medo de pensar e gostam de ter acesso a informação e opinião diferente daquela que é veiculada pelos jornais, televisões e rádios que informam sobre a Figueira e o seu concelho.
São muitos, são cada vez mais, os que me afirmam, de viva voz, gostar do OUTRA MARGEM e discutem o que aqui se opina. É para isso que por aqui andamos há mais de 14 anos: para contribuir para que haja contraditório, discussão e pensamento livre sobre a realidade local. Os figueirenses não estão condenados a pensar o que interessa ao poder instalado, nem podem limitar-se a pensar o que o poder consente que eles devem pensar.
Isto tem de mudar. Não podemos continuar a assistir ao que temos assistido: todos a sacudir a água do capote. Ninguém tem culpa de nada. Por este caminho ainda chegaremos ao tempo do Patriarca da Liberdade. Com um bocadito de imaginação, ainda algum iluminado vai descobrir que o responsável pelos actuais e futuros calotes do município é alguém que "fez à Pátria mui relevantes serviços, e morreu pobre» - Manuel Fernandes Thomás.
Um dos pilares de uma sociedade democrática é a justiça mas em Portugal paga-se muito cara sendo vedada á grande maioria da população . Quero com isto dizer que se torna quase impossível um cidadão poder interpor uma acção contra o estado seja ele central ou local . Perdemos sempre e mais ainda pela demora da justiça . Tudo está feito para o cidadão estar controlado , calado , manietado e alienado . Tudo começa a nível local com a escolhas dos representantes partidários , com os eleitos locais , com o jogo de interesses pessoais e partidários . Este jogo de cintura vai aumentando na proporção que se vai subindo na hierarquia do estado . Nada disto foi previsto na constituição .
ResponderEliminaruma sociedade democrática justa devia preocupar-se com três itens: a) promoção das liberdades; b) distribuição igualitária dos bens políticos, econômico e sociais( igualdade ); c) atendimento dos desfavorecidos (solidariedade).LIBERDADE , IGUALDADE E FRATERNIDADE .
onde estão neste país ?