Um texto de António Fernando Nabais, que pode ser lido na íntegra no Aventar:
"25 de Abril com distanciamento social"
"Adoro o 25 de Abril. Se o 25 de Abril fosse uma pessoa, faria tudo para que me considerasse seu amigo. Todos os anos, comemoro o 25 de Abril, porque o considero um dos meus maiores amigos. A generosidade do 25 de Abril vai ao ponto de ser bom para quem não gosta dele. Às vezes, penso que o 25 de Abril chegou a frequentar a catequese e saiu de lá cheio de amor ao próximo, incluindo os vendilhões do templo. Não que seja perfeito, mas não me lembro de ter amigos perfeitos.
Gosto de estar sozinho na minha trincheira. A bem dizer, dispenso, até, a trincheira. As minhas memórias e um cravo chegam-me. Não preciso de mostrar o meu 25 de Abril a ninguém, até porque o 25 de Abril é para todos, mesmo para aqueles que dizem mal dele, aqueles que chegam a ter saudades de 24 de Abril, aqueles que até podem, finalmente, decidir não estar presentes numa cerimónia em que nunca gostaram de estar. A partir do momento em que tive poder para decidir, nunca mais fui à missa."
"25 de Abril com distanciamento social"
"Adoro o 25 de Abril. Se o 25 de Abril fosse uma pessoa, faria tudo para que me considerasse seu amigo. Todos os anos, comemoro o 25 de Abril, porque o considero um dos meus maiores amigos. A generosidade do 25 de Abril vai ao ponto de ser bom para quem não gosta dele. Às vezes, penso que o 25 de Abril chegou a frequentar a catequese e saiu de lá cheio de amor ao próximo, incluindo os vendilhões do templo. Não que seja perfeito, mas não me lembro de ter amigos perfeitos.
Gosto de estar sozinho na minha trincheira. A bem dizer, dispenso, até, a trincheira. As minhas memórias e um cravo chegam-me. Não preciso de mostrar o meu 25 de Abril a ninguém, até porque o 25 de Abril é para todos, mesmo para aqueles que dizem mal dele, aqueles que chegam a ter saudades de 24 de Abril, aqueles que até podem, finalmente, decidir não estar presentes numa cerimónia em que nunca gostaram de estar. A partir do momento em que tive poder para decidir, nunca mais fui à missa."
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