"A ideia da construção de raiz de um Pavilhão Multiusos é mais uma obra sobre a qual há muitas dúvidas. Parece mesmo extemporânea e deslocada das necessidades do concelho, até prova sólida em contrário. Isto porque o concelho da Figueira da Foz tem imenso património construído devoluto, abandonado e até subutilizado.
Pensar em gastar milhões de Euros para um pavilhão multiusos é estrategicamente errado e mostra falta de imaginação. Quem irá sustentar o pavilhão? Tem viabilidade económica? Ou é apenas uma forma de ir buscar mais uns fundos à União Europeia? Quanto custa? 12 milhões de Euros? (tendo como exemplo de Leiria que cancelou em março o projeto de um novo pavilhão multiusos).
Há várias alternativas à realização de eventos e feiras, algumas móveis e desmontáveis, outras com aproveitamento de espaços existentes. Por exemplo, a Expofacic em Cantanhede faz-se com grande sucesso sem que haja um “pavilhão multiusos”.
Os investimentos do município devem ter uma lógica de manifesta e evidente sustentabilidade. O que não acontece agora. Basta pensar no milhão e meio de Euros a gastar no Jardim Municipal sem que se vislumbre a sua utilidade para além da construção de um coreto!
Estamos a iniciar mal uma década (anos 20 do séc. XXI) que é decisiva para a sobrevivência do concelho como o conhecemos. Desde a crise do Covid19 até à adaptação às alterações climáticas, a sociedade em que crescemos alterou se profundamente. Contudo, persistem vícios políticos difíceis de mudar, um deles surge na forma de uma tendência para fazer “obra” que pouco acrescenta face aos desafios fundamentais e sem que haja uma coerente fundamentação estratégica.
Sou contra a ideia de mais construção megalómana, não precisamos de um novo pavilhão multiusos, necessitamos sim de investimento verdadeiramente produtivo e que melhor a qualidade de vida, e atratividade, do concelho."
Pensar em gastar milhões de Euros para um pavilhão multiusos é estrategicamente errado e mostra falta de imaginação. Quem irá sustentar o pavilhão? Tem viabilidade económica? Ou é apenas uma forma de ir buscar mais uns fundos à União Europeia? Quanto custa? 12 milhões de Euros? (tendo como exemplo de Leiria que cancelou em março o projeto de um novo pavilhão multiusos).
Há várias alternativas à realização de eventos e feiras, algumas móveis e desmontáveis, outras com aproveitamento de espaços existentes. Por exemplo, a Expofacic em Cantanhede faz-se com grande sucesso sem que haja um “pavilhão multiusos”.
Os investimentos do município devem ter uma lógica de manifesta e evidente sustentabilidade. O que não acontece agora. Basta pensar no milhão e meio de Euros a gastar no Jardim Municipal sem que se vislumbre a sua utilidade para além da construção de um coreto!
Estamos a iniciar mal uma década (anos 20 do séc. XXI) que é decisiva para a sobrevivência do concelho como o conhecemos. Desde a crise do Covid19 até à adaptação às alterações climáticas, a sociedade em que crescemos alterou se profundamente. Contudo, persistem vícios políticos difíceis de mudar, um deles surge na forma de uma tendência para fazer “obra” que pouco acrescenta face aos desafios fundamentais e sem que haja uma coerente fundamentação estratégica.
Sou contra a ideia de mais construção megalómana, não precisamos de um novo pavilhão multiusos, necessitamos sim de investimento verdadeiramente produtivo e que melhor a qualidade de vida, e atratividade, do concelho."
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