A mensagem passada pelo jornal Diário as Beiras de hoje, com chamada de primeira página, é clara: "Figueira da Foz Distrital do PSD procura apaziguar Carlos Tenreiro".
Na minha leitura, o que o jornal transmite na primeira página é que a distrital do PSD tranquilizou Carlos Tenreiro.
Não sei se foi isso o que aconteceu, pois não estive na reunião, nem falei com ninguém sobre isso.
Já na página 12 o título da peça assinada pelo jornalista JA, é um bocadinho diferente: "Distrital do PSD e Carlos Tenreiro reuniram-se para apaziguar ambiente político".
O que na minha leitura, pretende transmitir que a distrital do PSD procura pacificar as partes em confronto, contando para isso com o passar do tempo para que as tensões se diluam.
Recordo que, precisamente há um ano (20 de Fevereiro de 2019), Paulo Leitão, então candidato à distrital do PSD, manifestou “total confiança” na Comissão Política de Secção do PSD da Figueira da Foz. Paulo Leitão, não deixou espaço para qualquer réstia de dúvida: estava solidário com a Comissão Política de Secção do PSD da Figueira da Foz.
Passado um ano, o agora presidente da Distrital do PSD, Paulo Leitão, ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, sem citar a fonte, "promoveu recentemente uma reunião com Carlos Tenreiro, na qual , além do dirigente, também participaram Manuel Rascão Marques e Manuel Domingues, tendo por finalidade sensibilizar o autarca para a necessidade de apaziguar a sua relação com o partido e o seu líder local, Ricardo Silva, nas reuniões de câmara. O autarca fez-se acompanhar pelo presidente da Concelhia da JSD, Bruno Pais Menezes, e pela ex-dirigente local Margarida Viana. Carlos Tenreiro terá sido sensível aos argumentos da Distrital, e já deu sinais disso."
Como é do conhecimento público, as tensões começaram quando o agora vereador Carlos Tenreiro ainda era candidato a presidente da câmara, pelo PSD, nas autárquicas de 2017. As coisas agravaram-se em janeiro de 2019, quando a Concelhia retirou a confiança política a Carlos Tenreiro e a Miguel Babo, que foi em número dois na lista.
De harmonia com o que li na edição de hoje do Diário as Beiras, se Carlos Tenreiro aceitou cumprir um pacto de não-agressão política em relação a Ricardo Silva, vereador e presidente da Concelhia, nas reuniões de câmara e no espaço público, já os dirigentes do PSD, sobre a referida reunião, fizeram um pacto de silêncio e não prestaram declarações.
Não obstante o silêncio, fonte social-democrata disse ao Diário as Beiras, que “aquilo que foi pedido a Carlos Tenreiro foi que cumpra os estatutos do partido”. Outra fonte do mesmo partido, porém, acrescentou que “a reunião destinou-se a promover uma convivência pacífica”.
Segundo o mesmo jornal, nas duas últimas reuniões de câmara, realizadas após aquela “conferência” da paz possível, Tenreiro não fez intervenções visando Ricardo Silva ou o PSD. “Carlos Tenreiro deixou de atacar o partido e Ricardo Silva, mas incumbiu Miguel Babo dessa tarefa”, afiançou um dirigente do PSD local.
“Nunca ataquei o partido; quanto muito, posso ter estratégias divergentes do partido, a nível local”, reagiu Carlos Tenreiro.
O jornalista que assina a peça refere, que "Miguel Babo, de facto, tem estado mais activo nas críticas ao dirigente local e à estrutura que lidera".
“Pura coincidência”, garantiu, porém, o vereador independente, acrescentando que “também há uma nova era de comunicação, por parte da Concelhia do PSD, que muitas vezes contradiz as posições do vereador Ricardo Silva nas reuniões de câmara”.
Na minha opinião, tem sido desolador para os figueirenses assistir ao espectáculo dado nas reuniões de câmara pela oposição. Isso, não enfraquece só o PSD local. O PS tem feito um passeio neste mandato. A maioria absoluta e a divisão no partido da oposição levaram a isso. Perde a Figueira, pois uma oposição forte, interventiva e unida, ajudaria o próprio poder a estudar os problemas e a tornar melhor e mais competente a sua prática política.
Nada do que se passa actualmente no PSD Figueira, surpreende quem tenha estado minimamente atento à política nos últimos 30 anos no nosso concelho.
Nos chamados partidos do arco da governação (recorde-se o que se passou no PS, entre 1998 e 2009...), quando ocupam o poder, as várias tendências, ainda que procurem exercer influência, submetem-se às lideranças, para conseguir o que lhes interessa: um cargo. Na oposição, são um saco de gatos.
Em 2017, perante a hecatombe eleitoral que o PSD sofreu a nível autárquico na Figueira, esperava-se que fosse feito algo nos anos seguintes para tentar recuperar alguma coisa.
A meu ver, com este péssimo desempenho, vão continuar na Figueira sem jobs para os boys and girls, deixando no desemprego muitos militantes.
Durante os anos de Santana e Duarte Silva à frente da câmara da Figueira, os socialistas fizeram a travessia do deserto que agora os laranjas estão a fazer.
A não ser que o PSD Figueira prefira continuar em constantes intrigas palacianas, terá que discutir um programa antes de discutir pessoas...
Na minha leitura, o que o jornal transmite na primeira página é que a distrital do PSD tranquilizou Carlos Tenreiro.
Não sei se foi isso o que aconteceu, pois não estive na reunião, nem falei com ninguém sobre isso.
Já na página 12 o título da peça assinada pelo jornalista JA, é um bocadinho diferente: "Distrital do PSD e Carlos Tenreiro reuniram-se para apaziguar ambiente político".
O que na minha leitura, pretende transmitir que a distrital do PSD procura pacificar as partes em confronto, contando para isso com o passar do tempo para que as tensões se diluam.
Recordo que, precisamente há um ano (20 de Fevereiro de 2019), Paulo Leitão, então candidato à distrital do PSD, manifestou “total confiança” na Comissão Política de Secção do PSD da Figueira da Foz. Paulo Leitão, não deixou espaço para qualquer réstia de dúvida: estava solidário com a Comissão Política de Secção do PSD da Figueira da Foz.
Passado um ano, o agora presidente da Distrital do PSD, Paulo Leitão, ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, sem citar a fonte, "promoveu recentemente uma reunião com Carlos Tenreiro, na qual , além do dirigente, também participaram Manuel Rascão Marques e Manuel Domingues, tendo por finalidade sensibilizar o autarca para a necessidade de apaziguar a sua relação com o partido e o seu líder local, Ricardo Silva, nas reuniões de câmara. O autarca fez-se acompanhar pelo presidente da Concelhia da JSD, Bruno Pais Menezes, e pela ex-dirigente local Margarida Viana. Carlos Tenreiro terá sido sensível aos argumentos da Distrital, e já deu sinais disso."
Como é do conhecimento público, as tensões começaram quando o agora vereador Carlos Tenreiro ainda era candidato a presidente da câmara, pelo PSD, nas autárquicas de 2017. As coisas agravaram-se em janeiro de 2019, quando a Concelhia retirou a confiança política a Carlos Tenreiro e a Miguel Babo, que foi em número dois na lista.
De harmonia com o que li na edição de hoje do Diário as Beiras, se Carlos Tenreiro aceitou cumprir um pacto de não-agressão política em relação a Ricardo Silva, vereador e presidente da Concelhia, nas reuniões de câmara e no espaço público, já os dirigentes do PSD, sobre a referida reunião, fizeram um pacto de silêncio e não prestaram declarações.
Não obstante o silêncio, fonte social-democrata disse ao Diário as Beiras, que “aquilo que foi pedido a Carlos Tenreiro foi que cumpra os estatutos do partido”. Outra fonte do mesmo partido, porém, acrescentou que “a reunião destinou-se a promover uma convivência pacífica”.
Segundo o mesmo jornal, nas duas últimas reuniões de câmara, realizadas após aquela “conferência” da paz possível, Tenreiro não fez intervenções visando Ricardo Silva ou o PSD. “Carlos Tenreiro deixou de atacar o partido e Ricardo Silva, mas incumbiu Miguel Babo dessa tarefa”, afiançou um dirigente do PSD local.
“Nunca ataquei o partido; quanto muito, posso ter estratégias divergentes do partido, a nível local”, reagiu Carlos Tenreiro.
O jornalista que assina a peça refere, que "Miguel Babo, de facto, tem estado mais activo nas críticas ao dirigente local e à estrutura que lidera".
“Pura coincidência”, garantiu, porém, o vereador independente, acrescentando que “também há uma nova era de comunicação, por parte da Concelhia do PSD, que muitas vezes contradiz as posições do vereador Ricardo Silva nas reuniões de câmara”.
Na minha opinião, tem sido desolador para os figueirenses assistir ao espectáculo dado nas reuniões de câmara pela oposição. Isso, não enfraquece só o PSD local. O PS tem feito um passeio neste mandato. A maioria absoluta e a divisão no partido da oposição levaram a isso. Perde a Figueira, pois uma oposição forte, interventiva e unida, ajudaria o próprio poder a estudar os problemas e a tornar melhor e mais competente a sua prática política.
Nada do que se passa actualmente no PSD Figueira, surpreende quem tenha estado minimamente atento à política nos últimos 30 anos no nosso concelho.
Nos chamados partidos do arco da governação (recorde-se o que se passou no PS, entre 1998 e 2009...), quando ocupam o poder, as várias tendências, ainda que procurem exercer influência, submetem-se às lideranças, para conseguir o que lhes interessa: um cargo. Na oposição, são um saco de gatos.
Em 2017, perante a hecatombe eleitoral que o PSD sofreu a nível autárquico na Figueira, esperava-se que fosse feito algo nos anos seguintes para tentar recuperar alguma coisa.
A meu ver, com este péssimo desempenho, vão continuar na Figueira sem jobs para os boys and girls, deixando no desemprego muitos militantes.
Durante os anos de Santana e Duarte Silva à frente da câmara da Figueira, os socialistas fizeram a travessia do deserto que agora os laranjas estão a fazer.
A não ser que o PSD Figueira prefira continuar em constantes intrigas palacianas, terá que discutir um programa antes de discutir pessoas...
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