Via Diário as Beiras: "Lídio Lopes vence eleições nos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz"
Foto: Jot’Alves João Mota e Lídio Lopes frente a frente |
No acto eleitoral, o mais concorrido das últimas décadas, votaram 562 sócios. Daqueles, 326 preferiram Lídio Lopes, enquanto 231 optaram por João Mota. Registaram-se, ainda, três votos em branco e outros dois foram considerados nulos.
Após o anúncio dos resultados, perante os presentes no quartel dos BVFF, tomou a palavra João Mota, lendo o discurso da derrota. “Sabíamos que seria difícil lutar contra o poder instituído, além do mais suportado por estruturas político-partidárias, e que iríamos ser expostos a todo tipo de manobras e ataques pessoais”, introduziu.
João Mota considerou, por outro lado, que a maioria dos eleitores deu continuidade à “degradação do espírito de bem-servir, que sempre foi apanágio” da associação humanitária. E acrescentou: “Aqueles que votaram na continuidade da actual direcção, não poderão, no futuro, ignorar ou negar as suas responsabilidades”.
Lídio Lopes leva mais de 20 anos à frente dos destinos dos BVFF. A vitória alcançada esta noite renova-lhe o mandato por mais três anos. O dirigente dos bombeiros nunca antes teve concorrência nas urnas. De resto, há várias décadas que não havia mais do que uma lista.
“Essa forma de estar não podia ganhar”
O presidente reeleito não deixou João Mota sem resposta, que se encontrava à sua frente, começando por frisar: “A diferença entre estas duas candidaturas tem exactamente a ver com o facto de eu não trazer um discurso escrito”. A seguir, acrescentou: “Os sócios escolheram quem queriam e quem não queriam”.
“Eu esperava outro discurso do engenheiro Mota. Por uma única razão: se temos convicção de uma ideia e a levamos a votos, se aos sócios dizemos tudo o que vai na alma, mesmo que seja dizer mal da própria casa que vamos querer gerir, que não foi o nosso caso, veio atestar aquilo que é a opinião dos sócios, que esse discurso não podia ganhar. Essa forma de estar não podia ganhar”, atirou ainda Lídio Lopes.
O reeleito “presidente de todos os sócios” adiantou que, a partir de agora, o salário mínimo nos BVFF passa a ser de 750 euros."
O ex comandante, filho do ex comandante Sr. Hildebrando Mota pelo descrito foi mesmo indelicado. Quem apresenta um discurso daqueles (inflamado) em vez do politicamente correto, mostra porque perdeu e demonstra que não está pronto para "governar".
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