quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Não foram pintainhos que nasceram: foram pessoas. Sinto-me chocado.

Imagem via DIÁRIO AS BEIRAS
O bloco de partos do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) encerrou a partir das 00h00 do dia 4 de Novembro de 2006.
Ao mesmo tempo, cessou também a urgência de Obstetrícia e Ginecologia, segundo uma nota divulgada na altura pela Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).
Recordo. Somos um povo amorfo e resignado. Mesmo perante a gravidade da situação, no dia 30 de Outubro de 2006, apenas cerca de cem pessoas compareceram numa vigília de protesto contra o encerramento do bloco de partos da Figueira da Foz.
Daí a poucos dias, as utentes do serviço de urgência perinatal do HDFF passaram a ser orientadas para a Maternidade Daniel de Matos (que integra os Hospitais da Universidade de Coimbra), Maternidade Bissaya-Barreto (do Centro Hospitalar de Coimbra) e Hospital de Santo André, em Leiria.
Não sei exactamente porquê, continuo a lembrar-me de Miguel Torga.
“É uma tristeza verificar que a política se faz na praça pública com demagogia e nos bastidores com maquinações. E mais triste ainda concluir que não pode ser doutra maneira, dada a natureza da condição humana, que nunca soube distinguir o seu egoísmo do bem comum e vende a alma ao diabo pela vara do mando. A ambição do poder não olha a meios, pois todos lhe parecem legítimos, se eficazes.”
E continuo inquieto. 

O encerramento do bloco de partos da Maternidade da Figueira, foi mais  uma maldade que foi feita à nossa cidade. Esta vez, por um governo PS.
"Como é possível ser o mais desigual da Europa um país que teve o 25 de Abril e só foi governado por sociais-democratas e socialistas?"

Triste sina a nossa: em 2019 somos ainda mais pobres e desiguais.

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