quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

O olival no Mosteiro de Santa Maria de Seiça...

"A responsabilidade de o Mosteiro não ter sido restaurado e lá instalada uma comunidade cisterciense, é de única responsabilidade das mesmas pessoas que contratam "prestigiadas equipas de arquitectos" para sacarem a massa em projectos megalómanos à custa do erário público.
A Associação Portuguesa de Cister (APOC) que está envolvida no projecto de restauração da Ordem de Cister em Portugal, - aliás o ponto fundamental da sua Acta de Fundação - apresentou a hipótese, por meu intermédio, de Santa Maria de Seiça ao Abade de Santa Maria La Real de Oseira P. D. Juan Javier Martin Hernandez, o.c.s.o., então responsável pela restauração e este deu o seu aval para a continuação dos trabalhos após visitar pessoalmente o local com dois dos monges que estariam directamente envolvidos no restauro do edifício e dependências, completamente deslumbrados com a solidão e a espectacularidade do local, totalmente de acordo com as regras da Ordem de Cister. 
A Ordem tinha o financiamento interno, através das suas estruturas de interligação da rede de mosteiros na Europa, necessário para o restauro da igreja e edifícios conventuais bem como para a aquisição da antiga Cerca
Iniciou-se também a preparação da reunião de um grupo de monges para a refundação, que seria liderado por uma maioria de monges portugueses que estão em vários mosteiros cistercienses na Europa, grupo que seria complementado por um grupo de monges oriundos dos mosteiros de Oseira - mosteiro matriz da refundação em Portugal - ou do mosteiro de San Isidro de Duenãs, casa mãe de Cister nas Espanhas, num total de doze monges e um Abade. 
Porém, no seguimento das atitudes irresponsáveis de uma responsável de serviços da autarquia da Figueira da Foz, atitudes que roçaram a sobranceria, a arrogância e mesmo a má educação institucional, e constatada ainda a propensão para a anedota que constituiu uma espécie de colóquio por ela organizado, onde estiveram presentes dois dos membros fundadores da APOC, estupefactos com algumas das comunicações ali apresentadas que roçaram o anedótico, o assunto saiu de imediato das prioridades da Ordem de Cister e os fundos foram desviados para duas fundações na américa latina
Perdeu-se, assim, a única hipótese credível e séria de devolver o Mosteiro de Santa Maria de Seiça ao seu antigo esplendor arquitectónico por culpa quase exclusiva de uma geral imbecilidade de algumas pessoas com a mania das grandezas que pensavam que a Ordem de Cister é a tasca do Man'el dos anzóis."

Via Rui Duque, que partilhou a publicação de Telmo Pedrosa com o grupo Forum Civico Fig Foz 2017.

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