António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quinta-feira, 21 de julho de 2016
Os políticos a dizerem-nos que não podemos confiar neles, porque eles próprios não confiam uns nos outros...
Tinha conseguido reunir o consenso do PSD e PS, mas não conseguiu os dois terços de votos necessários.
O antigo ministro socialista Correia de Campos falhou a eleição obtendo dos 221 deputados presentes apenas 105 votos favoráveis, quando precisava de dois terços de aprovações (pelo menos 147 deputados, dois terços dos parlamentares que votaram).
Assim, a mesa da Assembleia da República anunciou que Correia de Campos, nome anunciado na sexta-feira como resultado de um acordo entre o PSD e o PS, registou 93 votos brancos e 23 nulos.
Correia de Campos tinha sido indicado pelo PS na sequência de negociações com o PSD, que incluem ainda outros cargos (Tribunal Constitucional, Conselho Superior da Magistratura).
A cerimónia de tomada de posse no CES já estava marcada para esta sexta de manhã (11h) e Correia de Campos preparava-se para presidir a uma reunião deste órgão na sexta-feira à tarde.
Nota de rodapé.
Das quatro entidades para as quais o Parlamento votou ontem - presidência do CES, Conselho Superior de Magistratura, Tribunal Constitucional e Conselho de Fiscalização do Segredo de Estado - foi o único caso em que a eleição falhou.
Muito se poderia escrever sobre a "bronca na votação para o CES".
Porém, como nem Montenegro diz saber o que se passou, quem sou eu para opinar?
Lá terá de ser, mais uma vez, o Marques Mendes a explicar tudo certinho e direitinho!..
1 comentário:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
E alguém se lembrou de Carvalho da Silva?
ResponderEliminarNão deve ter currículo!
Nem cartão de militante!
Nem experiência de negociações etc e tal.
Vamos repetir a votação n vezes até este sr ganhar.
Ele serve bem o capital.