O verdadeiro Euro 2016 é este, o campeonato em que há jogadores que são árbitros e que, por isso, podem distribuir porrada à vontade, porque são os donos do apito. Todos sabem que as metas do défice não são alcançáveis, mas usam-nas como instrumento de pressão, para ajudar multinacionais e bancos, à espera do prémio.
De acordo com o Institute for Economic Research, já houve 114 violações das metas estabelecidas e, neste momento, apenas Portugal e Espanha estão sujeitos a possíveis sanções. Essas 114 (por extenso: cento e catorze) violações não foram levadas a cabo apenas por Portugal e Espanha: o país que mais vezes falhou neste campeonato foi a França, mas Juncker já explicou por que razão a França não pode ser castigada.
Note-se, ainda, que as possíveis sanções são consequência do défice deixado por Passos Coelho e por Maria Luís Albuquerque. Relembre-se, também, que os vários falhanços das metas estabelecidas foram sempre considerados sucessos pelas mesmas instituições que hoje ameaçam um governo que ainda não falhou as previsões. Percebe-se: com Passos, o país continuaria a retirar direitos e dinheiro aos trabalhadores, que os PIIGS querem-se pobrezinhos e prontos a pegar nas bandejas com bebidas exóticas.
quarta-feira, 13 de julho de 2016
"A União Europeia não é união e nem sequer se pode dizer que seja europeia, porque a ideia de Europa deveria ser outra, especialmente depois de tanta História"
1 comentário:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
Hoje li uma expressão que desconhecia: Euroreich!
ResponderEliminarÉ este, entre outros, o combate do presente.
Contra a hegemonia tentada uma vez mais.
E os que não veem isso, vão rezar a 'São' Chamberlain a ver se ele os ouve...
A UE não tivesse sido um instrumento para acelerar a liberalização económica.
Como se união política significasse mais democracia e justiça social - e não a centralização de poderes em instituições intocáveis, acompanhada da degradação dos direitos sociais e laborais, como tem sido o caso na UE.
Seria bom não sermos ingénuos.