sexta-feira, 8 de abril de 2016

João Soares, ao demitir-se, desiludiu-me...

Isto, depois do 36º. Congresso do PSD na semana passada, estava uma pasmaceira.
Passos Coelho acalmou e já faz propostas construtivas!..
Cristas anda a ver o que isto dá e mantém duas Portas abertas...
O Bloco, cada vez mais partido do arco do poder, entretém-se com a indignação feminista a Arroja...
O PCP, satisfeito com as coisas dos transportes e com Nogueira a marcar pontos no sector que domina, é hoje uma sombra do que foi em termos reivindicativos de classe.
Neste mar de águas mornas, o ministro da Cultura João Soares, sem orçamento, mas de verbo criativo e fácil, decidiu agitar e fazer ondas, ameaçando com um par de bofetadas dois críticos que, no seu entender, tinham pisado o risco... 
Estou de acordo com as bofetadas? 
Não, não,  estou... 
Até porque eu próprio já fui ameaçado, mas, até hoje, nada aconteceu... Contudo, nunca se pode afirmar que desta água não beberemos...
Acabei de ter uma desilusão: João Soares demitiu-se... Presumo que com esta demissão, tenha sido demitido também o "discurso político viril".

Hoje, de uma forma geral, não faço fretes. Pouco já me importa o que pensem de mim. Cheguei a uma idade em que, para mim, é bem mais importante o que penso dos outros. Isto nada tem de presunção, mas a valorização que dou ao que me rodeia... 

Destesto a presunção, o elitismo, a soberba, o primarismo e a boçalidade. 
A vida é para ser pensada, sonhada e vivida! 
Aquilo que quero fazer da minha vida é simples, mas só a mim diz respeito. 
Sei que para muitos, serei complexo, mas sinto-me bem assim.
Com toda honestidade intelectual: a política e a vida, seriam muito mais interessantes se houvesse honestidade...
João Soares demitiu-se e António Costa, naturalmente, aceitou...
Ao menos que não prescinda do direito à expressão da opinião...

1 comentário:

  1. A Arte de Furtar08 abril, 2016 15:44

    Quando se ocupam determinados cargos, há um dever de decoro e recato nas declarações.
    Pode-se não concordar com tudo, mas há maneiras e maneiras de o expressar.
    A palermice e a má criação não são amigas de figuras públicas.
    Sempre detestei o(s) sentido(s) da expressão: "quem se mete com o PS leva”.

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