Desta vez, é o seguinte que coloca a senhora na boca de cena: "Isabel Jonet acusa desempregados de passarem o tempo no Facebook".
Sinceramente, admiro os que continuam a viver só de sonhos...
Também já fui assim...
Num dia, numa hora, ou num minuto qualquer, porém, tal como me aconteceu a mim, os sonhos vão enjoar e vão querer comer alguma coisa mais salgada ou mais suculenta, que irá acabar por saber a amargo.
A direita nunca esteve interessada em combater a pobreza. Faz parte da a sua natureza conservadora.
À direita isto interessa. É por isso que eles acham que o povo aguenta...
Estas pessoas são assim. Nada a estranhar: pobre gente, esta, que é tão rica, tão rica, que só tem dinheiro...
"Para quem tem uma boa posição social, falar de comida é coisa baixa. É compreensível: eles já comeram." - Bertolt Brecht, há 70 e tal anos...
Mais um exemplo da falta de decoro:
ResponderEliminarSempre munida de uma suposta superioridade moral, Isabel Jonet deveria ter consciência de que o protagonismo que tem se deve, essencialmente, à generosidade dos doadores que, muito provavelmente, desconhecem a mentalidade «caritativa» e «salazarenta» que, salvo melhor entendimento, a caracteriza. Mas desconfio que a ‘Cilinha’ Supico Pinto não diria melhor...
Para muitas pessoas, o "Banco Alimentar Contra a Fome" deixou de merecer a mínima confiança, enquanto entidade «intermediária» dirigida por essa senhora. A importância do emprego da Isabelinha depende do número de pessoas que dependem da sua organização – que é subsidiada por todos nós.
Uma sociedade saudável não necessitaria desta coisa de haver várias ONG a lidar com a pobreza, mas sim de lhes dar trabalho e uma remuneração que, além de os fazer sentir úteis á sociedade, lhes permitiria alimentar os filhos e ter uma vida digna.
Não faço caridade, pago religiosamente os impostos que nossa democracia impõem!
Esmolas, favores aos coitadinhos, não obrigado!
Quero uma Sociedade com direitos!
Recordo um conto de Lobo Antunes:
"Na minha família os animais domésticos não eram cães nem gatos nem pássaros; na minha família os animais domésticos eram pobres. Cada uma das minhas tias tinha o seu pobre, pessoal e intransmissível, que vinha a casa dos meus avós uma vez por semana buscar, com um sorriso agradecido, a ração de roupa e comida.”
Conto de Lobo Antunes – “Os Pobrezinhos”
Pode ser lido na íntegra aqui:
http://www.citi.pt/cultura/literatura/romance/lobo_antunes/ala92.html
Recordo ainda um conto fabuloso de Urbano Tavares Rodrigues - "A Samarra”