António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
Fartas de tanta chamada telefónica promocional, campanhas, inquéritos, engodos, aldrabices, esquemas, a melhor resposta a uma sondagem eleitoral é, sem sombra de dúvida, o "ainda não sei". Despacha logo o assunto.
ResponderEliminarE isto da Wolkswagen foi muito pior do que parecia.
Não é só a construtora abalada: é a indústria automobilística. Não é só a indústria automobilística: é a regulação europeia. Não é só a regulação europeia: é a imagem da Alemanha.
Não será só a imagem da Alemanha: é a sociedade que divinizou o lucro como Valor Único que fica estruturalmente abalada.
Se não podemos confiar na Volkswagen, em quem poderemos confiar? É a pergunta que resta.
Já não bastavam as trafulhices no sistema financeiro e bancário.
A ideia de que a corrupção domina e os poderes se protegem uns aos outros está instalada na cabeça dos cidadãos. Até temos um ex-primeiro-ministro preso.
Ainda querem que alguém responda com verdade a uma sondagem?
Porquê e para quê?