quinta-feira, 24 de setembro de 2015

7,2%

"Andamos há anos a penar, a pagar e a minguar pelo défice orçamental. 
É por ele que pagamos mais impostos (por ele e pela dívida, que é um somatório de défices anuais), é por causa dele que se corta despesa na Saúde, na Educação, na Cultura, em tudo. Mas depois, quando um défice é revisto, dizem-nos que não, que é passado, que é só contabilidade, coisa de estatística, matemática driblada. 
Hoje o défice de 2014 passou de 4,5% para 7,2%. 
E depois?"

PEDRO SANTOS GUERREIRO

Em tempo.

Quando pronuncio a palavra Futuro
a primeira sílaba já pertence ao passado.

Quando pronuncio a palavra Silêncio,
destruo-o.

Quando pronuncio a palavra Nada,
crio algo que não cabe em nenhum não-ser.

Wislawa Szymborska, poetisa polaca (1923-2012)

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