Em Abril de 2011, Pedro Passos Coelho foi a uma escola nos arredores de Lisboa, já em plena pré-campanha eleitoral. As crianças perguntaram-lhe se era verdade que ele tinha intenções de acabar com o subsídio de Natal.
"Nada disso, isso é um disparate". E para melhor rejeitar tão "disparatada" ideia, Pedro Passos Coelho não hesitou em acusar José Sócrates de ser o autor dessa invenção como sendo do PSD. Um "disparate", sublinhe-se, que um grupo de crianças também concordou.
Pode ser ouvido no vídeo clicando aqui, com as vozes das crianças e a rejeição convicta de Passos Coelho.
É sempre bom, nestas alturas de pré-campanha eleitoral, recordar estes pequenos disparates que se dizem na caça ao voto.
Depois de ganhar as eleições, em Outubro desse mesmo ano de 2011, Passos Coelho anunciou o fim dos subsídios de Natal e de Férias para salários acima dos 1000 euros na Função Pública.
Reparando bem, a visita à escola aconteceu no dia 1 de Abril. Dia das mentiras. Ou Passos Coelho estava a brincar com as crianças ou foi ainda mais maquiavélico: disse a verdade, era um disparate, de facto, cortar UM subsídio. Nos DOIS é que estava a verdade.
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