sábado, 16 de maio de 2015

Disponibilizem a praia da Figueira para a expansão das hortas...

"Após os 40 anos, muitos sentem o apelo de “voltar ao cultivo da terra”. Esse fenómeno é visível até nas crescentes vendas de livros sobre “a horta em casa”. Conheço vários “horticultores modernos” que sentem prazer em cultivar, fertilizar, sachar, regar, apanhar, etc. Enfim, cuidar da terra. Os mais conscientes fazem-no de forma biológica, sem herbicidas nem pesticidas. Espanto-me com a quantidade de laranjas, alfaces, limões, couves, tomates e muitos outros produtos da época que são colhidos pela minha mãe na sua horta. É um espaço pequeno, pouco maior que uma sala grande, confinado entre muros e paredes. À primeira vista, aquele espaço “não daria para nada”, mas o trabalho e o engenho humano fazem milagres e de um pedaço de terreno pouco produtivo brota vida. Este tipo de contributo de todas “as mães e pais agricultores” para a economia é importante: produtos saudáveis colhidos da terra directamente para o prato, sem intermediários nem desperdício. Qual será o impacto no PIB? Quantos milhões de euros se produzem assim? Além do benefício que a actividade proporciona para a saúde física e mental dos horticultores. Na Figueira, o actual executivo municipal incentivou a criação de hortas urbanas, desde 2009. Uma aposta ganha contra a opinião dos conservadores da nossa praça para os quais um “espaço verde tem que ter relva”. Precisamos ainda de mais. E por que não disponibilizar mais zonas verdes municipais (relvados e prados abandonados) para este fim?"

O texto acima, que a meu ver é interessante e merece ser divulgado e lido, é a crónica publicada hoje no jornal AS BEIRAS, assinada pelo eng. João Vaz. 
Como escrevi há tempos aqui, «não sou adivinho. Não tenho grandes fontes privilegiadas. Portanto, resta-me andar o mais atento possível e tentar ler os sinais. 
A Ana já explicou alguma coisa. A ideia é "perder características de praia", para "se poder fazer lá alguma coisa". O António explicou muita coisa. "Esta é a única praia que conheço que era lavrada", disse o vereador, que considerou "positivo o surgimento de condições naturais no solo que possam vir a permitir à autarquia reclamá-lo para equipamentos, já que está a «deixar de ser praia"
Complementado o que escreve o eng. João Vaz, hoje, no jornal AS BEIRAS, apesar de saber que estamos num momento delicado, porque a Figueira está em plena travessia do deserto, no que a ideias políticas diz respeito, e eu como figueirense estou a suportar um calor quase insuportável, mesmo assim, vencendo o medo, fica o meu desinteressado contributo: e porque não disponibilizar os espaços verdes da praia outrora da Claridade, agora da "Calamidade",  para a desejada expansão das hortas urbanas?..
Os tomates já lã estão... Plantem alfaces para complementar a salada...

4 comentários:

  1. A Arte de Furtar16 maio, 2015 15:48

    E rúcula.
    E cenouras.
    E nabos.
    E pepinos.
    E cebolinho.
    E um imenso babatal...
    No Verão fazemos a Feira dos Produtos Biológicos no Pavilhão Multiusos (esse espaço de excelência, construído de raiz) - quando quiserem conhecer um verdadeiro Pavilhão Multiusos e bem enquadrado, visitem Guimarães.
    A herança da passagem do PS na Câmara será o tomatal?

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  2. Por mim quando pensarem nisso quero um talhão para plantar alguns grêlos.
    Os grêlos que me hão-de levar um dia aonde não sei mas espero que seja para um sitio sossegado onde eu possa escrever uns livritos para mostrar a toda a malta que sou intelectual.
    Abração

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  3. Vocês tratam muito mal a vossa terra. Ela, por si, é um rambe-rambe da treta.... fico admirado é quando surgem as eleições (autárquicas) ninguém se quer incomodar, dá um trabalhão do caraças...
    M.M.

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  4. A Figueira deixou ser uma cidade de praia há muito. A nossa frente ribeirinha é mais bonita, limpa e protegida/abrigada. Somos do Rio, tal como os nossos primos Coimbrinhas. Temos que nos assumir... não tenham medo. Nunca nos preocupamos com a praia e o seu crescimento (areal). Passeamos na marginal de carro e enfiamo nos numa pastelaria a beber café. As pessoas viraram costas ao mar, sairam do centro e foram viver nos dormitórios feios da "periferia" (que nem sequer periferia chega a ser).
    Sim, venham as hortas, já não somos um povo do mar, temos medo dele... somos um povo das couves e dos tomates, dO leitão da Bairrada e do peixe de água doce.
    A que horas é a maré vazia? Alguém sabe?

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