António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
domingo, 26 de abril de 2015
Ramalho Eanes
1 comentário:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
Uma Assembleia da República sem ideais, um Presidente da República que nos arremeda - o retrato da nossa condição actual.
ResponderEliminarEstá hoje tudo mais claro que nunca : a Democracia é "o conflito, a dialética", como afirmou Eanes. O general Eanes foi o único que fez mais valia teórica, porque ainda gosta de estudar. Foi bom recordar que a democracia é essencialmente crise, como é típico de um Estado que quer ser racionalidade e, portanto, tem de gerir as crises de modo dinâmico.
O que também se tira daqui é a democraticidade das decisões dos partidos do governo. Os militantes não são tidos nem achados, levam com as decisões que os dirigentes tomam e, alegremente, ainda acham que estão em partidos democráticos. Ai se isto acontecesse no PCP ou no BE...
Logo, os dias que vamos viver serão de separação de águas. Um novo ciclo para Portugal se aproxima e nós temos a obrigação de lutar por ele.
“O problema mais sério que se põe aos espíritos contemporâneos: o conformismo.” - Albert Camus