segunda-feira, 23 de março de 2015

Importante é o que se faz

Não custa ouvir as pessoas, a crónica do vereador Somos Figueira, Miguel Almeida, hoje publicada no jornal AS BEIRAS, mostra que devemos avaliar as práticas que as pessoas defendem e não as pessoas em si mesmas. 
Devo dizer, porém, que sempre me foi difícil separar as pessoas das ideias que defendem, porque é nesta adesão às ideias (ou afastamento) que nos mostramos aos outros; que definimos aquilo em que acreditamos (ou não); que, afinal, somos o que somos. 
Contudo, a prática, para mim, é o mais importante.
Há muito aprendi que não vale a pena atacar as pessoas por serem de esquerda ou de direita, deste ou daquele partido, deste ou daquele clube, desta ou daquela religião. 
Tenho amigos de esquerda e amigos de direita. Tenho amigos adeptos de vários clubes. Tenho amigos de várias religiões e sem religião.
Interessa-me, sobretudo, o que as pessoas fazem na sua prática diária. 
Há pessoas de esquerda que, apesar dos ideais que apregoam, são incapazes de ajudar uma pessoa em dificuldades ou de se comoverem com o sofrimento alheio, assim como há pessoas de direita que são profundamente solidárias e sensíveis. 
Mais importante do que a religião, o clube ou a família politica em que se inserem, vale a pena avaliar as pessoas pelo que são e pelo que fazem.
Conheço pessoas que dizem que são contra as reuniões camarárias à porta fechada e pelas reuniões descentralizadas e, depois, com o seu voto, permitem que se faça o contrário no organismo a que pertencem.   

2 comentários:

  1. Este rapaz com estas ideias fabulosas. Não há dúvida que foram politicamente importantes, as cinco reuniões realizadas, deram a possibilidade do povo recordar este senhores do PPD, e enfiar-lhes uma inesquécivel derrota!!!
    Agora devem estar com vontade de mais!
    Se fizessem uma sondagem, com este senhor ...nem 20% deve ter neste momento, e já estou a ser amiguinho!

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  2. A Arte de Furtar23 março, 2015 21:47

    Agora começo a ficar preocupado!
    Dou comigo a concordar com o Sr Vereador.

    Este executivo é marcado pelo esquecimento! Esquecem-se de abrir portas nas reuniões; da margem sul; de limpar a cidade; de…
    Eu acrescentaria, com cinismo, que muito deste esquecimento se desmobiliza com uma distribuição “criteriosa” de convites e apoios a lugares e mordomias.

    Mas, a ideia de “volta ao concelho” e a “aproximação” aos problemas reais não são descabidas. Certo que qualquer vereador “surfista” resolve isso com um telefonema, mas é sempre bom e bonito sentir “o pulsar” do concelho.
    Câmara; Acção; Fotos e aí vamos nós ! Câmara em movimento !
    Sr Vereador, a ideia de sessões abertas nas freguesias, agrada-me.

    Mas, os 48 anos da ditadura, do século passado, consolidaram uma sociedade amedrontada, desconfiada do exercício da cidadania e temerosa do contraditório. Isto não é um desânimo de rendição, uma declaração de desconfiança em relação a qualquer luta ou contestação popular, que possa surgir. Apenas a expectativa de não ser, surpreendido pela negativa pelo poder camarário.

    Mas, já agora, Sr Vereador (consultor do ambiente) não gostaria Vª EXª também de apresentar umas ideias nessa sua área (vide o seu curriculum)? Por exemplo: como montar um sistema de recolha de lixo exequível? Como manter a cidade limpa? Sabe qual o ponto de situação do reflorestamento (se é que existe) da Serra da Boa Viagem? Que solução tem para o gravíssimo problema das praias da margem sul? Como proteger a mancha rural, circundante da cidade, como «reserva de qualificação ambiental»? Que propostas para uma política ambiental concelhia que passe por ordenar e regulamentar? E que dizer das altíssimas taxas que pagamos nesta cidade, no que concerne “ao ambiente”? Etc….

    São questões que gostaria de ver abordados pela (s) oposição (ões),ou nos seus artigos. E por favor, não me classifique de ideológico, pois eu não sou catalogável. Se o regime autoritário «amestrou» a sociedade civil, o regime democrático não «estimulou» nem desenvolveu uma cultura de intervenção cívica.

    Todos temos de comer e respirar e, se a «fome é hierárquica, a poluição é democrática».

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