Devo dizer, porém, que sempre me foi difícil separar as pessoas das ideias que defendem, porque é nesta adesão às ideias (ou afastamento) que nos mostramos aos outros; que definimos aquilo em que acreditamos (ou não); que, afinal, somos o que somos.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
segunda-feira, 23 de março de 2015
Importante é o que se faz
Devo dizer, porém, que sempre me foi difícil separar as pessoas das ideias que defendem, porque é nesta adesão às ideias (ou afastamento) que nos mostramos aos outros; que definimos aquilo em que acreditamos (ou não); que, afinal, somos o que somos.
2 comentários:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
Este rapaz com estas ideias fabulosas. Não há dúvida que foram politicamente importantes, as cinco reuniões realizadas, deram a possibilidade do povo recordar este senhores do PPD, e enfiar-lhes uma inesquécivel derrota!!!
ResponderEliminarAgora devem estar com vontade de mais!
Se fizessem uma sondagem, com este senhor ...nem 20% deve ter neste momento, e já estou a ser amiguinho!
Agora começo a ficar preocupado!
ResponderEliminarDou comigo a concordar com o Sr Vereador.
Este executivo é marcado pelo esquecimento! Esquecem-se de abrir portas nas reuniões; da margem sul; de limpar a cidade; de…
Eu acrescentaria, com cinismo, que muito deste esquecimento se desmobiliza com uma distribuição “criteriosa” de convites e apoios a lugares e mordomias.
Mas, a ideia de “volta ao concelho” e a “aproximação” aos problemas reais não são descabidas. Certo que qualquer vereador “surfista” resolve isso com um telefonema, mas é sempre bom e bonito sentir “o pulsar” do concelho.
Câmara; Acção; Fotos e aí vamos nós ! Câmara em movimento !
Sr Vereador, a ideia de sessões abertas nas freguesias, agrada-me.
Mas, os 48 anos da ditadura, do século passado, consolidaram uma sociedade amedrontada, desconfiada do exercício da cidadania e temerosa do contraditório. Isto não é um desânimo de rendição, uma declaração de desconfiança em relação a qualquer luta ou contestação popular, que possa surgir. Apenas a expectativa de não ser, surpreendido pela negativa pelo poder camarário.
Mas, já agora, Sr Vereador (consultor do ambiente) não gostaria Vª EXª também de apresentar umas ideias nessa sua área (vide o seu curriculum)? Por exemplo: como montar um sistema de recolha de lixo exequível? Como manter a cidade limpa? Sabe qual o ponto de situação do reflorestamento (se é que existe) da Serra da Boa Viagem? Que solução tem para o gravíssimo problema das praias da margem sul? Como proteger a mancha rural, circundante da cidade, como «reserva de qualificação ambiental»? Que propostas para uma política ambiental concelhia que passe por ordenar e regulamentar? E que dizer das altíssimas taxas que pagamos nesta cidade, no que concerne “ao ambiente”? Etc….
São questões que gostaria de ver abordados pela (s) oposição (ões),ou nos seus artigos. E por favor, não me classifique de ideológico, pois eu não sou catalogável. Se o regime autoritário «amestrou» a sociedade civil, o regime democrático não «estimulou» nem desenvolveu uma cultura de intervenção cívica.
Todos temos de comer e respirar e, se a «fome é hierárquica, a poluição é democrática».