«Conheci o Joaquim Gil
quando ele colaborou
com a FGT, durante
o período que presidi ao
Conselho de Administração
daquela Empresa Municipal.
Ficámos amigos e eu sou-lhe
grato pelas críticas que me
fez, pelos conselhos que me
deu e pelos bons momentos
que passámos juntos.
Apesar de não ser natural da
Figueira, adoptou esta terra
como sua e emprestou-lhe
as suas distintas capacidades
humanas e intelectuais.
Foi um livre pensador, dotado
de uma inteligência notável,
que partilhava, de forma
natural e espontânea, com
todos aqueles com quem
convivia e com todos os que
seguiam os seus espaços de
comentário e opinião, escritos
e falados. Inteligência que
lhe permitia ser dono de um
sentido de humor notável,
muitas vezes desconcertante,
mas pleno de cabimento.
Era o exemplo de como uma
pessoa pode facilmente
adaptar-se a uma comunidade
e intervir assiduamente na
mesma. Encarnou sempre de
forma assertiva e esclarecida
a liberdade de expressão,
com envolvimento na comunicação
social e assertividade
na forma de transmitir
informação e opinião aos
figueirenses.
Certamente não terá agradado
a todos, mas também
nunca foi essa a sua preocupação.
Preocupou-se apenas
em respeitar a sua consciência e ser fiel a si mesmo,
o que aliás alcançou. Onde
quer que seja, continuará
“Olhando o Mar”.»
* Uma crónica de Miguel Almeida, hoje publicada no jornal AS BEIRAS.
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