Sobre a liberdade de informação, nomeadamente por aquilo que conheço em Portugal, na Figueira e no Mundo, há muito que deixei de ter quaisquer ilusões.
Confundir estas duas liberdades é um erro grave e básico.
Claro que concordei com a manifestação de Paris.
Todavia, isso não me impediu de ver o óbvio: algumas das figuras que por lá estiveram não passam de uns grandessíssimos hipócritas.
Se discordam, digam como apelidar personagens que disseram defender em Paris aquilo que abominam e esmagam dentro dos seus Países?
Estiveram milhões de pessoas a manifestar-se, ontem, em Paris, em defesa da liberdade e da democracia.
Ontem, porém, a contradição foi ainda mais visível e mais profunda.
Políticos da família de Merkel ou Juncker a desfilar permitiu registar a forma oportunista como o poder vigente apanhou a onda da resposta dos cidadãos que têm sido vítimas das políticas europeias.
A fila da frente tinha ainda personagens com uma história recente de arrepiar. Foi uma encenação organizada com o poder mediático.
Hoje já é a normalidade.
Os profissionais do Charlie Hebdo considerariam isto uma nova morte e era tremendamente injusto.
Embora presente - por breves minutos, é certo - a fila da frente podia integrar, mesmo que como convidada especial, uma manifestação da ausente Frente Popular ou empunhar um cartaz do Goldman Sachs ou do grupo de Bildeberg.
Poucos estranhariam.
Esta liderança europeia, fraca com os fortes (e com os comprovadamente corruptos) e impiedosa com os fracos, parece capaz das mais sofisticadas coreografias.
Seguem-se, para análise, duas fotos obtidas de ângulos diferentes da fila da frente.
pelas fotos se vê que o gang, não quer nada com o Povo, que humilde e honestamente presta homenagem, aos que sendo povo critico morreram. Por isso seguem distantes para caminhar um pouco, ou seja dar nas vistas para se reuniram e confraternizar num festivo jantar.
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