"Entre hoje e amanhã, o país conhecerá as decisões do Tribunal Constitucional sobre as duas últimas medidas que o Governo procuraem desespero continuar. Não sabemos qual a decisão, mas qualquer que seja, significa que a actual política está esgotada",
declarou António Costa que falava durante um encontro com
militantes e simpatizantes do PS, que decorreu em Portimão, perante
uma plateia de meia centena de pessoas, entre as quais o antigo
Presidente da República Mário Soares.
O
velho doutor Soares, que vi na televisão a abraçar Costa, continua a perceber, como sempre percebeu, o que
está em causa.
O político mais experimentado sempre percebeu que o
que está em causa é “o sistema”.
O importante é tentar salvar a ideia e os interesses do Bloco Central.
O importante é tentar salvar a ideia e os interesses do Bloco Central.
Não
o ideológico, ou melhor, não só o ideológico, mas sobretudo o
táctico, o que vive da supremacia do político sobre todos os outros
poderes.
E,
neste momento, é esse “sistema”, como Soares sempre o
entendeu, que está em causa.
“O
sistema”, o mesmo "sistema" de que o doutor Soares se
acha legítimo pai e defensor.
Portanto, nestes dias que
correm até ao fim de setembro, há poucas perguntas essenciais que
possam ter resposta no interior do PS.
A supremacia de que fala é tão só actualmente fruto da inercia patente na sociedade porque se já houve períodos em que as tácticas e a capacidade argumentativa, bem como o valor de cada um poderiam fazer a diferença hoje em dia e veja-se os exemplos de Seguro e Passos Coelho são fruto da inercia da sociedade civil que prefere o retiro e sossego de uma vida sem sobressaltos do que ir á luta e fazer valer os seus ideais e ideias ( que pelo que se vê na blogosfera não deixam de ser muitas e diversificadas). Neste caso a máxima de quem tem um olho é rei em terra de cegos não se aplica mas antes quem não tem olhos em terra de quem não quer ver é rei.
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