Uma foto esclarecedora de finais de maio passado, sacada daqui |
Tentar, no tempo que passa, "olhar" para o PSD figueirense é um desafio complexo.
Depois
do desvario atingido no fim do ciclo Lídio/Almeida, estou em
crer que,
desse partido a nível local, resta, para já, um amontoado de
escombros.
A
circunstância de a liderança, a seguir, ter sido ter sido disputada
por Teo Cavaco e por Manuel Domingues, com a vitória esmagadora do
segundo, nas circunstâncias em que aconteceu,
foi suficientemente esclarecedora.
O
anúncio da candidatura de Domingues foi feito
poucos dias antes das eleições, realizadas em maio. “A coisa não
estava bem e decidi avançar, após ouvir vários
militantes, que quase me obrigaram a avançar”, disse Manuel
Domingues, no programa “Câmara oculta”, da Foz do Mondego Rádio.
Aliás,
no mesmo programa, Manuel Domingues traçou como prioridade do PSD local o
regresso às bases, para reconquistar os militantes que se afastaram
do PSD, pois reconhece que “o partido estava numa situação
difícil. (…) Há necessidade de revitalizar o partido”, como pode
ler-se hoje no jornal AS BEIRAS, em nota onde dá conta de alguns pontos desta entrevista do presidente da concelhia do PSD à rádio figueirense.
Miguel
Almeida já percebeu o tremendo equívoco e enorme confusão que deve
grassar lá pelo
seu partido a nível local.
Espero, sinceramente, para bem do concelho, que
continue por estes lados a tentar "ensinar" e a fazer aquilo que ele sabe fazer melhor que ninguém na Figueira: oposição.
Como facilmente dá conta quem estiver minimamente atento ao que se passa na Figueira, o "tempo" da política de hoje é condescendente para com os
seus piores servidores.
De
besta a bestial e de bestial a besta, pode ser apenas a distância de um
editorial hebdomadário, como aliás reconhece o próprio Miguel
Almeida, na sua habitual crónica das segundas-feiras no jornal AS
BEIRAS.
“Em
Portugal é muito fácil
alguém passar de bestial a besta, e vice-versa.
Na
política, então, ninguém pode assumir que tem estatuto vitalício
de “besta” ou de “bestial”. Basta, em determinado momento, a
“clientela” não ser servida, para que se deixe de ser “bestial”.
Mas,
ainda assim, vale a pena convocar todos para uma reflexão sobre o
papel de cada um na vida em sociedade e
para a forma como todos nos devemos relacionar com os actores
políticos. Sou dos que acredita que a razão e a verdade vencem
sempre, ainda que seja necessário lutar contra tantos. Bem sei que
sou um optimista, serei por isso uma “besta”?”
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