Esta
manhã, ao dar a habitual volta na minha velha pasteleira pela
Aldeia, tive uma agradável surpresa: reencontrei o meu velho Amigo
Manuel Luís Pata.
Ao
passar por mim, no seu automóvel – gostei de o tornar a ver a
conduzir, depois dos problemas de saúde que o apoquentaram
recentemente... - parou para me cumprimentar e estivémos largos minutos a colocar a conversa em dia...
Manuel
Luís Pata, apesar dos seus praticamente 90 anos, não é um Homem
confuso – continua lúcido e de uma simplicidade desarmante, como sempre.
Claro
que está velho. E,
como velho, deve soletrar, lá para dentro: "...já
nada é como era..”
Contudo,
é sempre interessante e gratificante reencontrá-lo.
Falámos
do habitual: do porto da Figueira, da estupidez dos 400 metros que
acrescentaram ao molhe norte, do livro que tem pronto para publicar
sobre a construção naval figueirense (e que continua sem apoios para
que venha a ver a luz do dia...), da actual situação política na
freguesia de S. Pedro...
De repente, Manuel Luís Pata quedou-se e coloca-me uma pergunta que me deixou verdadeiramente atrapalhado: ò Tó – é assim, que os que me conhecem desde miúdo me tratam... – diz-me porque é que a Voz da Figueira traz tantas fotografias do Ataíde?....
De repente, Manuel Luís Pata quedou-se e coloca-me uma pergunta que me deixou verdadeiramente atrapalhado: ò Tó – é assim, que os que me conhecem desde miúdo me tratam... – diz-me porque é que a Voz da Figueira traz tantas fotografias do Ataíde?....
Fiquei
sem saber o que dizer...
“Sei
lá Senhor Manel. Então não acha que é normal e justo?..”
Fiquei a pensar no assunto.
Fiquei a pensar no assunto.
Depois,
só depois, já em casa, percebi a que se referia...
Em
tempo.
A Voz da Figueira é um jornal interessante.
Contudo, é um órgão de informação - e não é o único jornal português... - da corrente do unanimisno de bloco central, embora já lá tenha lido crónicas de opinião contra o situacionismo vigente...
Este jornalismo apresenta, como a versão autêntica e verdadeira, os factos como os entendem.
É este o jornalismo que temos, que vemos, escutamos e lemos, hoje, nas rádios, televisões e jornais figueirenses e portugueses.
Alguém se lembra, por exemplo, do jornalismo de "O Jornal" de Joaquim Letria e de José Carlos de Vasconcelos?..
O modelo de jornalismo e jornalistas de há trinta anos, para não ir mais longe, acabou aparentemente, com os seus cultores e os seus símbolos.
Os jornalistas desse tempo – e havia bons e maus... - quando erravam, não estavam errados nos métodos.
Erravam porque é humano errar.
Actualmente, os jornalistas de tipo corrente (como dantes dizia todos os dias quando trabalhei numa empresa de seca e comercialização de bacalhau...), erram porque os métodos comportam fatalmente esse risco iminente e aceitam-no como modo de vida profissional.
Quanto a mim, reside nisso, um bom quinhão da razão essencial para a queda da venda de jornais.
Na Figueira e no País...
Os leitores têm poder de análise e observação...
Este jornalismo apresenta, como a versão autêntica e verdadeira, os factos como os entendem.
É este o jornalismo que temos, que vemos, escutamos e lemos, hoje, nas rádios, televisões e jornais figueirenses e portugueses.
Alguém se lembra, por exemplo, do jornalismo de "O Jornal" de Joaquim Letria e de José Carlos de Vasconcelos?..
O modelo de jornalismo e jornalistas de há trinta anos, para não ir mais longe, acabou aparentemente, com os seus cultores e os seus símbolos.
Os jornalistas desse tempo – e havia bons e maus... - quando erravam, não estavam errados nos métodos.
Erravam porque é humano errar.
Actualmente, os jornalistas de tipo corrente (como dantes dizia todos os dias quando trabalhei numa empresa de seca e comercialização de bacalhau...), erram porque os métodos comportam fatalmente esse risco iminente e aceitam-no como modo de vida profissional.
Quanto a mim, reside nisso, um bom quinhão da razão essencial para a queda da venda de jornais.
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