foto sacada daqui |
Se
quisermos entender como o sistema funcionou, do ponto de vista
político, temos de dar uma vista de olhos aos últimos 15 anos da
vida na Aldeia.
O
chefe do partido determinou, nesses anos, quem ocupava os cargos,
os lugares cimeiros das listas eleitorais, os postos das chefias, os
tachos e os lugares de destaque na Aldeia: esses, eram os eleitos
locais....
Dos
seus cargos dependiam, por seu lado, as redes de cargos e de tachos,
cujos detentores, os condes, margraves, condes imperiais, landgraves,
tinham, por seu lado, cargos a atribuir.
Quem
teve a maior probabilidade de alcançar um posto alto, teve o maior
séquito.
Este,
por seu lado, apoia-o porque espera obter, em troca, um rico saque
em termos de cargos, isto é, feudos, isto é, tachos.
Isto
fucionou assim: só aqueles que, devido à sua capacidade, à sua
audácia, ao seu bom nome junto do senhor supremo, tiiveram as
maiores perspectivas de poder ter cargos na Aldeia...
Na
condição, claro, de guardarem total lealdade ao chefe.
Esta teia de relações funciona sempre em circuito fechado.
Esta teia de relações funciona sempre em circuito fechado.
Quem
tem feudos a conceder, tem vassalos, e quem tem vassalos é o
primeiro a ter acesso aos cargos.
No
entanto, o mesmo circuito fechado também actua ao contrário, quando
o imprevisível trai o homem do topo.
É
precisamente por isso que, na Idade Média, que é onde vegetou a
Aldeia nos últimos 15 anos, se apelava tanto à fidelidade.
A
concorrência entre os legítimos e os hábeis foi constante.
Isso,
aliás, fez da Idade Média a época das querelas partidárias.
O
programa do partido reduzia-se, invariavelmente, ao homem do topo,
ao cabecilha de uma teia de influências...
Em tempo.
Esta, é uma «estória» de ficção. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.
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