«Eu nem consigo perceber como é que eles (PSD e CDS) vão buscar 30 por cento de pessoas, de eleitores, que votem neste governo depois de três anos de ajustamento.»
Constança Cunha e Sá, ontem, na TVI 24
Escolher,
segundo os dicionários, é um processo mental que envolve o juízo
acerca dos méritos de múltiplas opções e a consequente opção
por uma delas.
O
processo é mental, mas dá-nos a sensação de uma liberdade que nem
sempre temos.
Desde
logo, porque grande parte das nossas escolhas faz-se com base em
informação por vezes manipulada e deficiente. Essas opções são,
por conseguinte, quase sempre condicionadas.
Contudo,
muitas vezes são também de conveniência, de oportunidade, têm
motivos fúteis ou conjunturais.
Nem
sempre, porém, ao contrário do que nos querem fazer crer, existem
várias opções.
Há
opções iguaizinhas, a que damos nomes diferentes, para acreditarmos
na ficção de que estamos perante um variado leque de escolhas.
Todavia,
há uma coisa que é verdade: a escolha é uma opção. Pode ser uma
opção hesitante, incompleta, mas uma escolha é uma opção que
contribuirá para um resultado.
Quando
a escolha está feita, acabou o processo mental. Acabou, também, a
comédia. A seguir, sofremos as consequências das nossas opções.
Não
votar no dia 25 é aceitar este governo. Quem ficar em casa, merece o
governo e a Europa que tem.
Decidam-se.
Segunda-feira
é já a seguir a domingo...