Alexandra Lucas Coelho recebeu ontem o prémio literário da APE, pelo romance "E a Noite
Roda".
Tal como acontecera aquando da entrega dos prémios Gazeta de
Jornalismo 2013, Cavaco Silva não esteve presente. Foi a primeira vez, desde
1987, que um PR se escusou a estar
presente na entrega dos prémios gazeta, os mais prestigiados atribuídos em
Portugal.
Toda a gente percebeu que a recusa se deveu ao facto de o premiado
ser António José Cerejo, um dos ódios de estimação de Cavaco.
Ontem, para a entrega do prémio APE a Alexandra Lucas
Coelho, o presidente Aníbal mandou um amanuense qualquer representá-lo.
No momento de discursar, Alexandra Lucas Coelho foi frontal.
"Eu gostava de dizer ao actual Presidente da República,
aqui representado hoje, que este país não é seu, nem do governo do seu partido.
É do arquitecto Álvaro Siza, do cientista Sobrinho Simões, do ensaísta Eugénio
Lisboa, de todas as vozes que me foram chegando, ao longo destes anos no
Brasil, dando conta do pesadelo que o governo de Portugal se tornou: Siza
dizendo que há a sensação de viver de novo em ditadura, Sobrinho Simões dizendo
que este governo rebentou com tudo o que fora construído na investigação,
Eugénio Lisboa, aos 82 anos, falando da “total anestesia das antenas sociais ou
simplesmente humanas, que caracterizam aqueles grandes políticos e estadistas
que a História não confina a míseras notas de pé de página.”
O discurso, na íntegra, pode ser lido aqui.
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