foto sacada daqui |
Em termos eleitorais, o PSD figueirense recuou até ao antes de Santana Lopes.
Resta saber se a actual
agonia do PSD/Figueira, é apenas
um facto conjuntural, ou uma tendência
irreversível.
Na parte final da campanha o cansaço e a rotina eram evidentes na sua página na
internet...
Para desgraça do Miguel, conjugaram-se erros seus e também má fortuna...
Clarificando: esteve no local errado, no momento errado. Sobretudo, tal como previ em devido tempo, não conseguiu sobreviver ao "entalanço".
Em 1997, tendo como Santana Lopes candidato na Figueira, o PSD fez uma campanha populista, demagógica e politicamente inconsistente, como o futuro veio a demonstrar e provar, nomeadamente pela pesada herança financeira que nos deixou para resolver.
Santana foi a votos e “roubou” a presidência ao PS, que estava a gerir a autarquia figueirense após Abril de 1974.
Depois, veio o eng. Duarte Silva que ganhou naturalmente, recolhendo os louros da informação e propaganda feita à passagem de Santana pela Figueira.
A seguir, passada a “febre”, ainda com Duarte Silva, mas já no segundo mandato, começou a dar-se a necessidade da inflexão na gestão da autarquia…
João Ataíde apareceu em cena e aproveitou as dificuldades para ganhar, concorrendo numa lista do PS.
Com ele, também porque não poderia ser de outra forma, a gestão inflectiu ainda mais - até aos 180 graus.
Houve necessidade de se começar a falar verdade, a relevar o valor da coerência política e programática – numa palavra, a gerir com realismo para alcançar a credibilização.
E é aqui que residiu, a meu ver, o principal desafio de Miguel Almeida - e que ele, como se sabe agora, não conseguiu ultrapassar.
Faltou-lhe a capacidade de fazer a síntese entre o populismo demagógico do PSD de Santana e o actual PSD de Passos Coelho...
Esse “entalanço” “obrigou” Miguel Almeida a não se apresentar como o candidato natural do PSD na Figueira da Foz...
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