"Vivemos um momento dramático no plano económico, o desemprego não pára de crescer, a fome e a miséria acentuam-se. Mas, ainda assim, já se derretem milhões nas campanhas eleitorais autárquicas em curso. Os cartazes com as caras dos candidatos dominam a paisagem, milhares de apoiantes são angariados para comezainas à borla.
Não haverá restrições nas campanhas para presidentes de câmara. Em tempos de austeridade, nestas despesas não se poupa. E não falta quem queira financiar os candidatos.
Não haverá restrições nas campanhas para presidentes de câmara. Em tempos de austeridade, nestas despesas não se poupa. E não falta quem queira financiar os candidatos.
A verdade é que os financiadores acabam por ser os maiores beneficiários deste sistema. Serão, mais tarde, recompensados. Com obras públicas pagas pelo dobro do seu valor, com contratos para recolha de resíduos, com a concessão da distribuição de água e saneamento, ou até com a aprovação de projectos imobiliários ilegais. O retorno do financiamento das campanhas está garantido e é colossal.
Neste sistema, e reféns destes mecanismos perversos de financiamento político e a políticos, os autarcas estarão, como sempre, a soldo de quem lhes paga as campanhas."
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