quinta-feira, 7 de março de 2013

Pedro Saboga… (II)

foto sacada daqui
Não é um problema da Figueira, é um problema dum  país que faz parte do clube das chamadas “modernas democracias ocidentais”.
A opinião publicada está formatada. 
No país, isso gira em torno do prof. Marcelo, do Marques Mendes, do António Costa, do  Jaime Nogueira Pinto, do Nuno Rogeiro, do Luís Delgado, do Santana Lopes e outros que tais. Isto, há anos e anos…
Na Figueira, um meio mais pequeno  o tédio ainda é maior: seja nos jornais, na rádio, ou na Tv local, a coisa, em termos de opinião publicada, gira em torno de meia dúzia de figuras que dizem sempre o mesmo todas as semanas.
Resumindo: no país ou na minha cidade, para emitir e firmar a mesma opinião,  não basta um comentador, nem dois, a dizer o mesmo. Exige-se que sejam vários, muitos, a dizer o mesmo, de preferência em locais diferentes, ficando assim garantida a pluralidade de vozes e a unicidade da mensagem…
Mas, mesmo na Figueira, de vez em quando, surgem iniciativas “marginais” às doutas,   abrangentes, democráticas e pluralistas análises que os habituais painéis esmiúçam  todas as semanas  nos locais do costume, a que convém  estar atento.
Foi o caso de ontem  nas  «Conversas da Bijou». Pedro Saboga, que tem obra feita em prol da Cultura na Figueira - OTubo d’Ensaio,  um laboratório de experimentação artística e um centro de trabalho multifacetado, um espaço de criação e partilha, potencializando a criação e o desenvolvimento de novos projectos culturais, de forma independente e ao serviço da comunidade,  aí está, desde 2006, para o provar – durante cerca de 3 horas falou da Figueira, falou da Cultura, falou da vida, mas, a meu ver, demonstrou  que, mesmo "em contraciclo"é possível  realizar sonhos que à partida parecem utópicos, mesmo numa cidade como a Figueira, como se as dificuldades, próprias e colocadas pelos outros, fossem o combustível necessário para se chegar ao máximo que sabemos e  podemos.
Como vemos, mesmo na Figueira, há mais vida para além da publicada nos jornais, na rádio e na televisão pelos habituais “paineleiros” de serviço…

1 comentário:

  1. «No país, isso gira em torno do prof. Marcelo, do Marques Mendes, do António Costa, do Jaime Nogueira Pinto, do Nuno Rogeiro, do Luís Delgado, do Santana Lopes»

    E do Daniel Oliveira, do Bernardino Soares, do António Costa, do Fernando Rosas, do António Filipe, da Joana Amaral Dias, do Carvalho da Silva, do António Vitorino, da Clara Ferreira Alves, do Medeiros Ferreira, etc. e etc., tudo boa gente também ubíqua na pantalha.

    Apesar de tudo acho que vai havendo algum equilíbrio e pluralidade, ou pelo menos tentativa dele. No resto, subscrevo o post e reitero o louvor ao Tubo e aos organizadores das tertúlias da Bijou.

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