Cortaram-nos a possibilidade de progressão na carreira. Ninguém reclamou.
Cortaram-nos nas reformas. Ninguém reclamou.
Cortaram-nos os aumentos. Ninguém reclamou.
Cortaram-nos os abonos de família. Ninguém reclamou.
Cortaram-nos meio subsídio de natal. Ninguém reclamou.
Cortaram-nos os subsídios de férias e de natal para os próximos anos, ou até para o resto da vida. Não interessa, ninguém reclamou.
Agora, vão cortar a televisão. Será desta que há revolução?
Infelizmente, não. Os que têm força para se revoltar já há muito que subscreveram pacotes privados de televisão. Os outros, os que vivem sozinhos e longe do mundo, naquele lugar irreal a que chamam interior do país, ou naquele universo das "famílias carenciadas" que fica bem em qualquer discurso político, vão ficar como estão. Na escuridão.
Via Açúcar Amarelo
tendo em conta mà programação dos canais televisivos, o melhor é mesmo ficar sem ela.
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