António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sábado, 21 de janeiro de 2012
Obviamente, Cavaco está falido!...
António Ribeiro Ferreira, Director do jornal i
1 comentário:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
VEMOS – o nosso vizinho, o nosso colega, o nosso amigo e até o nosso familiar lutarem cada vez com mais dificuldades económicas em consequência da subida dos impostos, da subida da electricidade, do gás, da água, dos transportes, dos bens alimentares, das taxas moderadoras, e da descida dos salários, do aumento das horas de trabalho, do corte das prestações sociais, da retirada dos subsídios de férias e de Natal, etc. etc.
ResponderEliminarOUVIMOS – o primeiro-ministro Passos Coelho, o PSD e o PP justificarem a não tributação do capital com a necessidade de evitar a fuga deste para o exterior; os trabalhadores que não podem escolher onde pagam os impostos que suportem e se conformem com a iniquidade fiscal.
LEMOS – que a quase totalidade das empresas do PSI 20 se deslocalizaram para a Holanda, incluindo empresas com capitais públicos, caso da Galp, da EDP e da CGD, sem que o Governo tenha feito alguma coisa para o evitar.
VEMOS – o Comendador Soares dos Santos (Comendador pelos bons serviços prestados à nação…) bater com a porta na cara do Governo levando a sua holding para a Holanda e o ministro das Finanças engolir em seco e ficar calado.
OUVIMOS – diariamente os homens do dinheiro dar sob a forma de «conselhos» instruções ao Governo de como deve governar, e este, atento e venerando, ir apressadamente cumprir as ordens recebidas.
LEMOS – a cada vez maior promiscuidade entre os negócios a política e sociedades secretas e de como o que é público, e pago por todos nós, é usado por e para interesses privados, muitas vezes individuais.
VEMOS, OUVIMOS E LEMOS – até Cavaco a queixar-se da vida!...
VEMOS, OUVIMOS E LEMOS…
Porque que é que continuamos a ignorar?..