António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Segredo de Estado ou realidade oculta?..
Vêm aí novas medidas de Austeridade…
Entretanto, exausto e deprimido com a crise económica e com a baixa auto-estima nacional, o zé povinho, em 5 de Junho p.p., já nem sequer teve forças para fazer um manguito!..
1 comentário:
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O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
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Obrigado pela sua colaboração.
razão de estado ou razão de estábulo? a questão não é minha, não me lembro quem foi o ensaísta, mas a obra se a descobrirem vale a pena ler, vamos a ver se me recordo, bem recorri ao Google e lá consegui
ResponderEliminarNOVIDADES - ESTUDOS POLÍTICOS
Razão de Estado e Democracia
Editora: Almedina | 1ª edição: abril 2012
Org.: António Bento
ISBN: 9789724047669 | Págs: 318
PVP: 23€
Preço UCP: 20,70€ (-10%)
ncomendas
Se as práticas e as técnicas políticas ligadas à «razão de Estado» configuram suspensões efetivas – limitadas, embora, no tempo – dos procedimentos normais do «Estado de direito», em que condições, sob que circunstâncias, com que justificações e em que termos, podemos hoje admitir uma legitimidade autónoma do poder político face ao direito e à justiça? Qual, afinal, o conteúdo político que cifra o conceito hodierno de «razão de Estado»? Haverá ainda razões objetivas (quais?) que permitam distinguir a «boa» e «verdadeira» da «má» e «falsa» «razão de Estado»? E que tipo de «racionalidade» se tem hoje em mente quando se invoca a «razão de Estado»? Quando o conjunto do aparelho de Estado e as instituições políticas contemporâneas caem nas mãos de castas partidárias, quando frequentemente se vêem substituídas nas suas funções pela demagogia populista dos media, o que se pode esperar da invocação da «razão de Estado» senão uma flagrante e insidiosa substituição do interesse público pelo interesse privado – definição propriamente política de corrupção? Onde quer que os servidores públicos do Estado se transformem em donos privados do Estado, contrariando o nexo democrático entre o princípio de representação e a publicidade do poder, intervém uma «razão de Estado» que já não pode ser classificada senão como «razão de Estábulo» (Baltasar Gracián).