quinta-feira, 29 de abril de 2010

Continuamos a acreditar nas “pessoas boas”...

A actual situação dos portugueses, reféns no seu próprio país, se não fosse dramática, dar-me-ia vontade de rir.
Parece que estamos a viver uma novela.
Se, por um lado, nos querem fazer continuar a acreditar nas "pessoas boas", por outro, ajudam-nos a acreditar que é na remissão dos nossos pecados, cometidos por simplória maldade, que está a salvação.
E isso é fácil. Por cegueira natural, ou provocada, continuamos a não perceber o essencial: nas novelas, as pessoas boas, não são tão boas quanto as pessoas boas em que não acreditamos na nossa vidinha quotidiana; já as pessoas más das novelas, são sempre melhores do que as pessoas más com que nos vamos cruzando na nossa vidinha quotidiana.
Acreditamos no que não acreditamos. Continuamos ignorantes, feios e maus.
Ao contrário de S. Tomé, nunca teremos coragem para mexer nas nossas próprias mazelas, pelo que, além de ignorantes, feios e maus, também somos cobardes.
Nem uma ditadura merecemos. Nós, somos os nossos próprios opressores.

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