"Não há pior analfabeto que o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. O analfabeto político é tão burro que se orgulha de o ser e, de peito feito, diz que detesta a política. Não sabe, o imbecil, que da sua ignorância política é que nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, desonesto, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."
Bertolt Brecht (1898-1956)
Nunca, como nestes dias que vamos vivendo neste nosso querido Portugal, Brecht esteve tão actualizado.
Vivemos num clima, onde os políticos de carreira, transformaram a política em algo sujo e desprezível para a maioria dos cidadãos comuns....
O espectáculo da corrupção enoja e torna a própria actividade política ainda mais desacreditada. Os que detestam a política – como diria Brecht, os analfabetos políticos – regozijam-se. Os podres poderes fortalecem os argumentos pela indiferença e o não envolvimento na política. É o moralismo abstracto e ingénuo que oculta a ignorância e dissimula a leviandade egoísta dos que não conseguem pensar para além do próprio bolso.
O analfabeto político não sabe que sua indiferença contribui para a manutenção e reprodução desta corja de ladrões que, desde sempre, espreitam os cofres públicos, prontos para dar o golpe à primeira oportunidade que surja. Os analfabetos políticos não vêem que lavar as mãos alimenta a corrupção?
Quem cultiva a indiferença, o egoísmo ético do interesse particularista, é conivente com o assalto ou é seu beneficiário.
Bertolt Brecht (1898-1956)
Nunca, como nestes dias que vamos vivendo neste nosso querido Portugal, Brecht esteve tão actualizado.
Vivemos num clima, onde os políticos de carreira, transformaram a política em algo sujo e desprezível para a maioria dos cidadãos comuns....
O espectáculo da corrupção enoja e torna a própria actividade política ainda mais desacreditada. Os que detestam a política – como diria Brecht, os analfabetos políticos – regozijam-se. Os podres poderes fortalecem os argumentos pela indiferença e o não envolvimento na política. É o moralismo abstracto e ingénuo que oculta a ignorância e dissimula a leviandade egoísta dos que não conseguem pensar para além do próprio bolso.
O analfabeto político não sabe que sua indiferença contribui para a manutenção e reprodução desta corja de ladrões que, desde sempre, espreitam os cofres públicos, prontos para dar o golpe à primeira oportunidade que surja. Os analfabetos políticos não vêem que lavar as mãos alimenta a corrupção?
Quem cultiva a indiferença, o egoísmo ético do interesse particularista, é conivente com o assalto ou é seu beneficiário.
O que caracteriza a república é o trato da coisa pública, responsabilidade de todos nós. Como escreveu Rousseau : “Quando alguém disser dos negócios do Estado: Que me importa? – pode-se estar certo de que o Estado está perdido”.
Tempos complicados, estes...
Pois é, pois é.
ResponderEliminarTempos complicados estes.
Mas já não há quem queira (possa) descomplicar.
Esses também fazem parte da complicação.