António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sábado, 10 de novembro de 2007
1 comentário:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
Mais uma vez, caro Campos, discordo do simplismo que decorre dos seus excelentes bonecos. Discordo dos epítetos de "betolândia e de tropa fandanga" aplicados a jovens figueirenses das mais variadas origens. Depois qualquer destes rótulos não significa, só por si, menor ou maior capacidade de desempenho escolar, mais ou menos responsabilidade e esforço, envolvência favorável ou desfavorável aos bons resultados. Há dinâmicas internas de cada escola que contribuem para os desempenhos, para além das famílias. O contrário seria determinista e esigmatizante de sectores sociais. Não creio que assim seja, nem essa seria, penso eu, a sua mensagem.
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