A prova será integrada no calendário oficial das provas de Atletismo do INATEL, para a época 2006/2007, razão por que a data proposta, tomada por sugestão desta entidade, foi a preferida por ser a mais consentânea com o seu calendário desportivo.
Esta prova que em tempos deu tanto prestígio à terra, era realizada com o esforço das colectividades e pessoas que tinham gosto pelo atletismo. Essas pessoas, algumas das quais já cá não estão, faziam o esforço para que a realização desta prova nunca tivesse fim.
É bem certo que nos dias de hoje não temos atletas a praticar a modalidade, mas todas as pessoas podem participar, seja correndo ou andar o lema será "SemprAndar" .... por caminhos de S.Pedro.
Estão á venda por 5€ nos estabelecimentos comerciais da nossa terra, um Calendário e um Poster (para emoldurar) alusivo a este acontecimento.
Com a colaboração de todos, este Verão vamos reviver o “XIV Grande Prémio de Atletismo de S. Pedro”.
A todos os que colaboram para que este projecto seja realizado o nosso muito obrigado…”
“O Fala Barato” – Pedro Fernandes
Como é sabido, o sistema desportivo português viveu, desde 1943 até 1974, sujeito à disciplina jurídica do Estado Novo, corporizada no Decreto n.º 32.946 de 03.08.43, facto que marcou profundamente toda a sua posterior evolução. Este diploma constituía o repositório dos princípios jurídicos do corporativismo aplicados ao desporto e, em consequência, visava consagrar um conjunto de instrumentos que garantissem a subordinação das instituições desportivas aos ditames políticos do Estado e do Governo.
ResponderEliminarA história do sistema desportivo português anteriormente ao 25 de Abril foi, também, uma longa história de resistência a essa tentativa de instrumentalização das instituições desportivas e dos seus representantes.
Com o 25 de Abril de 1974, também o sistema desportivo português inicia uma nova etapa no seu desenvolvimento, pautada pelos princípios de democratização do desporto, definidos na política estatal da época, tendo em vista a massificação das modalidades ditas amadoras.
No âmbito desta política, a Direcção Geral dos Desportos, implementa Planos de Desenvolvimento, entre outras modalidades, também, do Atletismo.
Por volta de 1975, inicia-se o processo de formação de treinadores e monitores que, depois de adquirirem conhecimentos, desenvolvem trabalho por todo o País.
Na Cova-Gala isso também aconteceu. Eu próprio, o Herlander e o Tó, tirámos um curso de monitores de atletismo, em Coimbra, com o Prof. Rui Costa, após o que, em regime de total voluntariado, começámos um trabalho aos sábados de manhã na Escola Primária da Gala, era Professora na altura a Dª. Isabel, actual Presidente da Junta de Freguesia de Lavos, que foi uma entusiasta da iniciativa.
Isso foi um embrião que depois deu alguns frutos, como o surgimento de alguns atletas razoáveis na nossa Terra.
Mais: na altura, através da DGD conseguimos algum equipamento, ainda que rudimentar, para o treino do peso e do salto em altura (fasquia e colchões) que acabou por ficar, e, naturalmente, desaparecer, no D.C.M.G, colectividade onde decorriam alguns treinos.
No desporto, como em nada que tenha a ver com um País, tudo acontece fruto das políticas concretizadas. Foi por isso, pela massificação do desporto, que passou depois o surgimento de grandes atletas em Portugal, como por exemplo o Carlos Lopes e a Rosa Mota.
Vão saber onde eles se iniciaram na prática desportiva...
Felicitações ao Fala Barato, D. C Marítimo da Gala, Clube Mocidade Covense, Grupo Desportivo Cova-Gala e Comissão de Festa S. Pedro 2007, por se terem juntado para reviver o nosso Grande Prémio de Atletismo de S. Pedro.
O OUTRA MARGEM está desde já ao vosso inteiro dispor para apoiar, publicitar e divulgar a iniciativa.
Meus amigos, ainda bem que o Prémio de Atletismo vai ser reatado.
ResponderEliminarMas, tratando-se de uma organização com carácter desportivo, recreativo e associativo, não seria normal que as Colectividades da Terra – DCMG, CMC, GDCG – fosse organizadoras e não meras colaboradoras?..
Aliás, nem seria caso inédito, pois há anos, salvo erro em 1993, foi assim, a organização pertenceu às três Colectividades. E muito bem do meu ponto de vista.
De qualquer maneira, aqui deste lado, as minhas felicitações ao Fala Barato pelo arrojo da iniciativa.