António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sábado, 27 de janeiro de 2007
qualquer dia...
enquanto o governo central concretiza a política da direita (o desmantelamento do estado social, é o exemplo mais acabado), cavaco faz o discurso da coesão social.
o povo, no país e na figueira, cada mais endividado, diverte-se, alegre e despreocupado, a olhar as montras dos centros comerciais!...
hão-de ainda passar ainda muitos anos até que acorde...
o governo, cavaco, a câmara e os políticos em geral, com este povo, todos podem dormir descansados.
o gerente, entretanto, já tem a moradia quase pronta...
na figueira, no parque verde, qualquer dia, está pronto mais um andar de luxo...
resta a memória do que poderia ter sido, se os figueirenses tivessem lutado verdadeiramente por isso, o parque verde...
com árvores, pessoas a correr, miúdos de bicicleta, velhotes a dormitar em bancos, turistas descalços deitados na relva, música no coreto, namorados abraçados...
5 comentários:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
Quando vi este blog pela primeira vez senti-me bem, pois fiquei com a boa sensação de que afinal não andamos todos a dormir e nem estamos todos acomodados.
ResponderEliminarAlguma coisa está a mudar em portugal,
Finalmente, parece que estamos a passar por um período que poderá resultar em alguma coisa de menos agradável para aqueles que, durante décadas, enriqueceram desonestamente através das falcatruas entre os empreiteiros e os vígaros que refastelados em altos cargos estatais deveriam zelar pelas interesses da colectividade
A comunicação social finalmente começa a falar assiduamente sobre estes assuntos.
O povo de estar atento pois é nosso futuro com nação independente que está em causa.
Os casos, mais que muitos, aí estão para o provar.........
Nao tendo nada a ver com este tema....Fiquei curioso quanto a razao de existirem tantas ligacoes para blogs, e nenhuma para o chavespedro....
ResponderEliminarGosto da nova apresentacao; mais interactiva, mais pratica.Parabens
com árvores, pessoas a correr, miúdos de bicicleta, velhotes a dormitar em bancos, turistas descalços deitados na relva, música no coreto, namorados abraçados...
ResponderEliminarUmas seringas, uns preservativos usados, uns assaltos...
O que se está a passar NESTE MOMENTO no que resta da mata Sotto Mayor é um crime de lesa património comum ! É um desrepeito absoluto pela responsabilidade geracional! É um atentado terrorista de destruição massiça!
ResponderEliminarÉ uma terrível machadada no possível equilíbrio sustentado da cidade!
Mas quem começou a destruição dessa famigerada mata até foi o P.S., liderado pelo Aguiar de Carvalho, ou não foi?
ResponderEliminarQuem destruíu o Fortim de Palheiros foi o P.S., ou não foi?
e qual a diferença entre o P. S. e o PPD?, qual?
Não brinquemos, porra...