sábado, 26 de agosto de 2006

Esperança







Foto PEDRO CRUZ




Cova-Gala foi sol que me deu o ser
vida , sonhos, tempo, espaço.
Dos que partiram herdei o laço
Do que estou a viver.

Terra grande, mas...pode fazer sofrer

quem, como eu, não acertar o passo!...
Cova-Gala é, num traço
simples.. razão para permanecer.

Pode ser tudo: vida, colo, sofrimento.
Pode ser mais: orgulho, confiança
paz, alegria, amor, sentimento.

Terra, é tradição, passado, herança!

Cova-Gala, é o momento!
São Pedro, é o futuro com esperança!

12 comentários:

  1. Está uma verdadeira obra de arte, simples, único e verdadeiro, faço parte desse sentimento. Os meus sinceros parabéns ao autor, é poesia! Muito bom!

    ResponderEliminar
  2. é assim mesmo!!!!
    grande poema...
    viva São Pedro!!!

    ResponderEliminar
  3. Por vezes, certos pormenores de tão habituais, nem damos conta deles. Por exemplo: olhamos para uma senhora a sacudir o pano do pó à janela. À primeira vista, trata-se de um gesto sem significado. Mas, se pensarmos bem, o que é que esta senhora está realmente a fazer? Está a retirar o pó da sua casa e a despejá-lo no mundo, para o ar que todos nós respiramos.
    O contrário é este poema do agostinho. Visa tirar a poeira do mundo e colocá-la na sua janela.
    Beijo

    ResponderEliminar
  4. Recolhido em meu pensamento
    Eu, para aqui, na tasca da “Hesbolina”
    Descansando à sombra de um belo momento
    Degusto, ébria e rubra, essência “tanina”.

    Percorro este teu belo soneto, amigo
    Ode de amor à terra que é a tua.
    Hino de glória a este povo antigo
    E à aventura que tem sido a vida sua.

    … Sorrio e ergo meu copo neste momento.
    Vislumbro-o, como que por um postigo,
    E nem por um segundo eu lamento

    Esta herança, tu sabes, … amigo
    Que vem de trás, do mar, do sal e do vento
    E que trago, para sempre, comigo.


    “Linguarão de Canudo”

    ResponderEliminar
  5. A maior musa inspiradora é sempre o lugar onde lançámos as nossas âncoras. É o recanto que reconhecemos em todos os momentos.
    É o cais que nos amarra e de que temos saudade desde que lhe sentimos a primeira brisa.
    E o pior é quando sabemos que assim é, mas vogámos, com a vida, para outras paragens.

    ResponderEliminar
  6. O que é a vida afinal?
    É uma opção?
    É uma escolha?
    É uma obrigação?
    Ou é algo que acontece sem pedir licença a ninguém ou coisa alguma?
    Se assim for é uma obrigação, uma imposição.
    Temos de a carregar durante e enquanto ela quiser.

    E qual é o nosso papel nisto tudo?
    Se a vida existe por vontade própria
    e não depende da nossa, o que nos cabe então?

    Provavelmente, salvo melhor opinião,
    cabe-nos o papel de a rechear com o que bem entendermos.

    Recheá-la de amizades e de amigos...
    É uma boa opção.
    É uma boa escolha.
    Devia ser mesmo uma obrigação.

    Mas, quando ela decide, inapelavelmente, hoje,
    terminar
    sem perguntar a opinião do meu amigo ...

    Fica a obrigação de dizer que...
    Hoje, morreu-me um amigo!

    Porque... ele permanece!

    Até sempre Remígio.

    jp

    ResponderEliminar
  7. JP:
    Fica um poema de Francisco Buarque da Holanda, com a minha solidariedade

    Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo.....
    Isto é carência.
    Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos
    que não podem mais voltar..... Isto é saudade.
    Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar
    os pensamentos.....Isto é equilíbrio.
    Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente
    para que revejamos a nossa vida.....Isto é um princípio da natureza.
    Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado..... Isto é circunstância.
    Solidão é muito mais do que isto.
    Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa
    alma .....

    ResponderEliminar
  8. GRANDEZA DO HOMEM

    Somos a grande ilha do silêncio de deus
    Chovam as estações soprem os ventos
    jamais hão-de passar das margens
    Caia mesmo uma bota cardada
    no grande reduto de deus e não conseguirá
    desvanecer a primitiva pegada
    É esta a grande humildade a pequena
    e pobre grandeza do homem


    Rui Belo

    ResponderEliminar
  9. Original é o poeta
    que se origina a si mesmo
    que numa sílaba é seta
    noutro pasmo ou cataclismo
    o que se atira ao poema
    como se fosse um abismo
    e faz um filho ás palavras
    na cama do romantismo.
    Original é o poeta
    capaz de escrever um sismo.

    Original é o poeta
    de origem clara e comum
    que sendo de toda a parte
    não é de lugar algum.
    O que gera a própria arte
    na força de ser só um
    por todos a quem a sorte faz
    devorar um jejum.
    Original é o poeta
    que de todos for só um.

    Original é o poeta
    expulso do paraíso
    por saber compreender
    o que é o choro e o riso;
    aquele que desce á rua
    bebe copos quebra nozes
    e ferra em quem tem juízo
    versos brancos e ferozes.
    Original é o poeta
    que é gato de sete vozes.

    Original é o poeta
    que chegar ao despudor
    de escrever todos os dias
    como se fizesse amor.
    Esse que despe a poesia
    como se fosse uma mulher
    e nela emprenha a alegria
    de ser um homem qualquer.

    ResponderEliminar
  10. Enorme Ary dos Santos
    Único.
    Boa escolha, Português Suave.

    ResponderEliminar
  11. Lindo o teu poema!Poema de alguém, que amando a sua terra, jamais descorará as suas raízes, o seu sangue, aqueles que um dia partiram, deixando contigo bocados de história de uma vida dura,ardua,mas tão rica de vivências...
    Prima

    ResponderEliminar

Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.