quinta-feira, 20 de julho de 2006

A propósito duma entrevista



O estilo
O que conta não é a ideologia, ou a clivagem política, mas apenas o estilo de actuação e o modelo de acção.
O bom povo, não coloca questões, nem está para chatices. Muito menos, é exigente.
Algum ritmo e alguma acção, são as chaves do sucesso imediato.
Obviamente, que isso não dura sempre.
Com o passar dos anos, quando se espreme tudo, o estado de graça vai à vida.
Mas até lá – e isso pode durar anos - só é vencedor quem adapta o comportamento e linguagem às ideias com quem convive.

A dimensão
Estamos fartos de políticos fugazes.
O presente é tudo. O passado é uma chatice. O futuro é uma coisa longínqua.
Queremos é um líder. A equipa pouco importa. Gostamos de quem manda calar quem fala de mais, gostamos de quem se irrita facilmente, gostamos de quem exprime dureza. Gostamos de quem fala grosso.
Gostamos da linearidade. Gostamos de coisas só com uma dimensão.

A mensagem
Tendo um estilo próprio e uma linearidade inata, segue-se a construção da mensagem.
Depois, é só torná-la acessível. Para isso existem os papagaios amplificadores.
Quanto mais repetitiva, mais eficaz. As intervenções, os discursos, as entrevistas, têm sempre as mesmas palavras, as mesmas ideias, as mesmas tiradas.
Faz lembrar uma cassete. Mas serve perfeitamente, face ás poucas exigências do auditório.

As promessas
É preciso, para alimentar a propaganda, ter sempre em carteira algumas promessas, planos, anúncios, para transmitir uma imagem de eficácia, de trabalho contínuo e árduo. Se se cumpre ou não, ver-se-á no futuro.
Com boas ou más decisões, o que interessa é a ideia de acção e de trabalho incansável. É verdade, também, que não bastaria apenas o espectáculo: muitos dos planos são interessantes. É o lado mais importante desta encenação política: algumas das coisas têm de funcionar, para o cenário aguentar, a mensagem passar e o estilo atrair.

A duração
Até quando vai durar?
Como tudo, é uma questão de tempo.

A entrevista pode ser lida em http://correiodafigueira.blogspot.com/

3 comentários:

  1. È semre uma maravilha ler estas entrevistas, embora repetidas, com discurso duvidoso,será que já não há apoio.

    ResponderEliminar
  2. grande domingos ,é assim mesmo ...
    é só petas...
    simon vamos ser homenzinhos...

    ResponderEliminar
  3. Li a entrevista e não é que fiquei pasmado com a resposta à pergunta: Além da praia o que é que esta freguesia tem para oferecer e cativar quem a visita ?
    Fiquei a saber que é das freguesias mais turisticas da Figueira da Foz(ainda bem )que o parque de merendas tem vários equipamentos (ainda bem ) e que tem uma área relvada bastante grande e que por isso é procurado também por turistas (ainda bem ) que no braço sul do Rio Mondego se praticam desportos náuticos (?), onde as pessoas passam ali dias a apanhar bivalves (ainda bem ), faz-se animação no verão, há a casinha tipica, o núcleo museológico na junta, e enfim temos imensas coisas que oferecemos não só pelas condições naturais, mas também pelas actividades de animação que vamos oferecendo a quem nos visita ( e eles , os que nos visitam já sabem ???? )
    Eu por mim não sabia de tão grande desenvolvimento cultural... mea culpa, mea culpa, mea culpa . A partir de agora vou estar mais atento

    ResponderEliminar

Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.