quarta-feira, 19 de julho de 2006

A licença do isqueiro! ...























Até ao 25 de Abril de 1974 era obrigatória uma licença anual de uso de isqueiros.
Já nesses tempos, os governos tinham maneiras estranhas de sacar dinheiro ao pessoal.
Mas o mais, digamos assim, interessante, é o que está escrito no próprio documento: o apelo à denúncia, premiando o acto com 15% do valor da multa!..
Para os que não têm memória, cá está, no seu melhor, a pureza do regime salazarista-caetanista.
Será que o uso do isqueiro era subversivo?.

30 comentários:

  1. Apesar disto tudo, ainda há na nossa sociedade quem tenha saudades do antigo regime!
    Não é a liberdade tão boa?

    ResponderEliminar
  2. Hé velho, estas e outras deviam ser mostradas a algumas pessoas...
    Sabes bem o que quero dizer.
    Manda-os p´ro carvalho.
    VItorino-dos-Patos-paz-á-sua-alma

    ResponderEliminar
  3. Esta licença foi criada para proteger a antiga Fosfeira Nacional!
    O velho regime no seu melhor

    ResponderEliminar
  4. Infelizmente ainda há pessoas que para tentar mostrar o seu ponto de vista, acabam por mostrar a sua verdadeira natureza, incómoda e selvagem, ficando todos á espera de saber a sua opinião. Como não conseguem viver em harmonia refugiam-se em máscaras cobardes e mesquinhas, enfim cada um tem o que merece!

    Um abraço!

    ResponderEliminar
  5. para o nuno soares: diz-me quem são, que digo-te quem és.

    ResponderEliminar
  6. na vida politica uma das tantas certezas, sabemos: "agachados uma vez agachados para toda vida"
    A questão: "NÃO È SAIR, MAS SIM MANTER".

    ResponderEliminar
  7. OS CONTRATADOS SÃO SEMPRE PESSOAS QUE DEVEMOS RESPEITAR;APRENDER A NADAR NA IMAGEM DOS OUTROS.
    SE NÂO OS SALVAM MORREM COM ELES.

    ResponderEliminar
  8. Bons tempos esses, não havia apulpos ou eresias com destino predestinado....penso que até podia haver uma coisa do género, mas para os que só têm cantiga!!!

    ResponderEliminar
  9. O enigma:
    Tem em si mesmo uma caracteristica "bicóide" ou, melhor, bicorne.
    Foi inventado pelos possuidores de talento, inteligência e saber. Por eles foi e é usado como meio de ginasticar e desenvolver as suas capacidades mentais tendo, em simultâneo, a grande utilidade do disfarce para a maioria dos mortais.
    Mas, ironia das ironias, nos tempos modernos é recorrente o uso do pseudo enigma por parte de quem é esvaziado de pensamento próprio ( vulgo _ _ _ _ _ _) na alarve certeza de que, usando-o, se dá(ão) ares de inteligente(s).
    Isto não é o pensamento do dia da croa da burra e nem desejo de paz a nenhuma alma, antes pelo contrário, de incendiar( no sentido de excitar) a pata da Miquelina.

    ResponderEliminar
  10. Diverti-me imenso com estes comentários!!!
    Ao possuidor da antiga licença sugiro-lhe que a guarde bem guardada, porque é mais uma contribuição para a história de Portugal, tal como a foto da ponte velha é um contributo para a história da Cova-Gala.

    ResponderEliminar
  11. Quem usava isqueiro era rico. Tinha a mania que era mais que os outros e gostava de se afirmar pela diferença. Snobismos. Possívelmente também usava boquilha...
    Em Portugal não se produziam isqueiros. Produziam-se fósforos. Ao taxar o uso de isqueiro, protegia-se o que se produzia em Portugal e penalizava-se a importação de um bem desnecessário.
    Quem entende isto de outra forma é tacanho e não vê para além de um palmo. Agora estamos muito melhor. Importamos tudo e não produzimos merda nenhuma.
    Inteligências baratas.

    ResponderEliminar
  12. Naquele tempo os pescadores eram ricos?
    Fumavam boquilha?
    Eram snobs?
    Gostavam de se afirmar pela diferença?
    Tinham é necessidade de usar isqueiros para enfrentar os elementos (a água). Com as mãos molhadas, no mar, ou no rio, tantas e tantas vezes debaixo de chuva, como é que acendiam os cigarros sem filtro?
    Com fósforos?
    Naqueles tempos, senhor dino, é que se vivia bem: não havia férias, nem subsídio das ditas, as pessoas até paar usar isqueiro tinham de ter uma licença especial..
    Se não a tivessem, e fossem denunciados pelo vizinho,tinham de pagar multa e 15% era para o denunciante.
    Que pensar dum estado destes?
    Que era tacanho? Que não via para além de um palmo?
    Que produzia inteligência baratas?

    ResponderEliminar
  13. Ho meu DEUS, hó meu DEUS...
    Não ponham fraldas nas gaivotas que os inteligentes ficam com mais merda na cabeça.

    ResponderEliminar
  14. FDS Dino.
    Pensas mesmo assim ou foi mero tiro no pé por falta de tino, oh Dino?
    Sabes porque neste meio (pescadores e marinheiros) os melhores eram a gasolina de pavio grosso?
    Eu digo-te Dino! Até contra o vento e as marés e a surriada a bater forte acendiam os PROVISORIOS e DEFINITIVOS.

    Fds Dino ...SNOBS??
    ...Fds Dino, o que não dava para ver alem do palmo eram a névoa, o vento, o gelo e a surriada.
    Estes gaijos enfrentaram os elementos.
    Imagina-te de oleado vestido, equilibrado, em pé, num dóri, vergastado pela surriba em plena borrasca e ensarriado no vagalhão, escorrendo mar e sal pelo sueste abaixo - imagina-te dizia eu - com uma caixa de fosforos no bolso e com ela acender um cigarro.
    Ah, não te esqueças dos remos, Dino.
    Sem eles dificilmente regressavas ao palhabote.
    FDS Dino ...pá!
    Snobs?
    Boquilha?
    FFDDSS Dino!

    Eh, migo Agostinho, FDS!

    ResponderEliminar
  15. Mas lá no meio daquilo não havia fiscais. Ou havia?
    Havia fiscais e bufos à porta do casino. E aí não se denunciava o capitão do palhabote, pois não?
    Abre os olhos e vira mais meia quarta!
    Em terra não havia surriada, nem vaga, nem nada disso. Havia vinho, aguardente, porrada na mulher e filhos e quem não fazia assim, nem era homem nem era nada.
    Mais um quartilho, que o vendeiro fia e depois rouba na conta.

    ResponderEliminar
  16. Infelizmente as pessoas que comentam neste blog são todos uns agachados, frustrados de alguma forma ou de todas, deêm a cara como eu já o fiz. enfrentar a vida de frente, eu sei, não é para qualquer um! Coitados.

    ResponderEliminar
  17. Dino
    Ok Ok Ok!
    Mas, a questão da utilidade do isqueiro mantem-se.
    Usado por esta população, naquele tempo, era tudo menos snob.

    ResponderEliminar
  18. Ok Dr. Agostinho. Naquele tempo os pescadores eram pobres. E hoje, são ricos?. Imagine o Sr. que não foi o único que visita os blogues, a viver no tempo do Salazarismo (se é que viveu). Eu vivi, e conheço muito boa gente que também viveu, e que nos dias que correm não se mostra muito mais feliz do que esses tempos. Sabe, é que nem toda as pessoasse tornaram ricas com o 25 de Abril e tudo de bom que ele touxe (para alguns, claro), tipo financiamentos da UE sabe-se lá para quê, (casarões, carrões e boa vida, por ex.). Poderá sempre responder-me que só foi parvo quem não aproveitou. O pior, ou o melhor, é que nem todos têm essa mentalidade. Com isto tudo, pretendo apenas dizer que aqueles que sempre se limitaram a trabalhar honstamente pouco ou nada viram as sas vidas evoluírem, e com toda a certeza, não estão melhor no actual contexto do País, do que estavam no anterior regime. E isto nada tem a ver com saudosismos ou outros epítetos que os demais comentadores me queiram atríbuír. Isto é a realidade, e há que reconhecê-la.
    Ana

    ResponderEliminar
  19. A razão estava em defender económicamente uma pequena industria portuguesa assente na ruralização do país...como afirou Pedro Lains eram os nossos "atrasos do progresso"...e esta hein? Grande pinta! Em vez de mandar atear as matas mandavam-se delas fazer fósforos...será por isso que hoje..as matas ardem? no meio de tanta algarviada sabem que manter documentos destes e preserva-los e dá-los a conhecer é mais importante do que tudo o que se disse até agora?

    ResponderEliminar
  20. Minha Amiga (ou amigo)
    responsabize quem esteve no Poder, depois do 25 de Abril em Portugal, eleito em eleições, por escolha do Povo Português.
    Quer que lhe lembre?
    Lá vai: PS. PS+PS+CDS.PS+PSD.PSD+CDS... e agora PS.
    Tamos esclarecidos?

    ResponderEliminar
  21. Cara Ana aqui ainda não se disse que o Estado Novo tinha razão... como também não se diz que a Segunda República tenha grandes hipóteses de sobreviver...sobretudo enquanto não domesticar aquilo donde lhe advém o poder, que como bem sabe não é do voto, é do controlo e aplicação da justiça, que assim pode ser decidida a seu belo prazer. Quer se queira quer não a Segunda República está a aprender com o Estado Novo, onde, Salazar, soube como ninguém, onde residia a sua fonte de controle do Estadoe do poder: as policias secretas e a aplicação da justiça...mas esta seria longa conversa...

    ResponderEliminar
  22. Salazar foi, efectivamente, um ditador. Mas apesar de deter todo o poder era uma pessoa relativamente humilde e não estava rodeado de uma corja de mamões como hoje os nossos dirigentes políticos (são tantos, que até se atrapalham)que ao dizerem-se Democratas sugam o povo e o país até ao tutano. No tempo da "Velha Senhora" o povo era pobre, ignorante e analfabeto. O País estava de boa saúde economicamente.Hoje o povo continua pobre, mais elucidado talvez, mas de que lhe serve, e desculpem-me, ainda mais analfabeto. Senão vejamos quantas das nossas crianças saem, já não digo da primária, mas do 9º ano, a saberem fazer umas contas básicas sem errarem ou a escreverem sem erros ortográficos. E o País, coitado, de tanga como diriaum ex-1º ministro, ou pior, núzinho da silva.
    Ana

    ResponderEliminar
  23. Caro Calceteiro Maritimo
    Cuidado com as afirmações que produzimos:
    A segunda República já MORREU. Teve inicio por volta de 1926 e morreu à vontade suprema da Revolução de Abril de 1974.
    Cronologia:
    -1926-Primeiro Ministro António Maria da Silva enfrenta um golpe de estado militar.
    28 de Maio - General Gomes de Costa lidera um golpe militar em Braga - rende-se no dia seguinte pensando que a sua tentativa tinha falhado.
    29 de Maio - O Partido Comunista interrompe o seu segundo Congresso.
    30 de Maio - Resignação do Presidente Bernardino Machado.
    30 de Maio - O golpe de estado generaliza-se a todo o País e o Governo é derrubado. Administração Militar (1926-1932). COMEÇA A SEGUNDA REPUBLICA.
    Em 1933 - Criação do "Estado Novo" - doutrina ditaturial de António de Oliveira Salazar de apenas um partido politico.

    ...
    1974
    Fevereiro - General António de Spinola foi afastado do seu cargo pois mostrava tendência de estar em conflito com o regime .
    16 de Março - Tentativa falhada de Golpe militar a partir das Caldas da Rainha.
    - 25 de Abril - Revolução das Forças Armadas e apoiadas pelo povo em 25 de Abril - com o registo de apenas 4 mortes - ficou na história como a "Revolução dos Cravos". FIM DA SEGUNDA REPUBLICA

    (Posto isto como esclarecimento, podemos afirmar que o Estado Novo começa com a eleição de Oliveira Salazar como Primeiro Ministro em 1932 e é parte integrante da Segunda republica).

    Já agora continuando:
    13º Periodo da História de PORTUGAL - Terceira República de Portugal.
    1974 - A ala esquerda do "Movimento das Forças Armadas (MFA)" liderada por Otelo Saraiva de Carvalho e apoiado pelo "Movimento dos Capitães" - e pelo povo que a eles se juntaram derrubam o regime e Marcelo Caetano e o Almirante Américo Tomaz partem para o Brasil em exilio.
    António Sebastião Ribeiro de Spínola nomeado Presidente da Junta Militar com o nome de "Junta de Salvação Nacional" - governo conjunto do MFA e do CCP - COMEÇA A TERCEIRA REPUBLICA.

    Com todos os defeitos que possa ter, a terceira Republica é o periodo histórico que todos nós vivemos neste momento e, pessoalmente, desejo que extirpe alguns dos males crónicos que enferma, mas que viva eternamente no espirito democrático que os seus fundadores preconizaram, ou antes, sonharam.

    ResponderEliminar
  24. Isto é mas é republicas a mais. Bananas a menos ou a bananeira está a secar? Que é como quem diz, a têta.

    ResponderEliminar
  25. Meu caro Amigo se chama ao Estado Novo, Segunda República...aceita-se...embora eu pessoalmente não concorde...como se depreende. E aceitando-se ou não as deficiências da actual...esta caminha a passos largos para cometer os mesmissimos erros da primeira...sufocação das classes que trabalham por contra de outrem...vaidades particulares...como aconteceu entre Afonso Costa "versus" António José de Almeida, etc.. Mas finalizo por aqui pedindo desculpas ao Agostinho pela usurpação do espaço e ao "Camarinha" pelos esclarecimentos e pontos de vista

    ResponderEliminar
  26. Meu caro gato preto.
    Concordo inteiramente com a análise que faz aos percurso errático desta terceira republica.
    Desejo que ela seja capaz de emendar os erros que todos sentimos na pele - "...sufocação das classes que trabalham por contra de outrem...vaidades particulares...."
    Se não for esse o caso, a sua vida não será eterna e dará lugar a um novo ciclo assente numa nova utopia ( o Homem não deve deixar, jamais, de sonhar ), ou pelo aparecimento de novos partidos ( como aconteceu na primeira república; Partido Partido Reformista ou do Partido Republicano da Esquerda Democrática.)
    Aguardemos, ... mas não estáticamente.

    ResponderEliminar
  27. Esta gente posta a falar de coisas que aprendeu nas aulas de desanalfabetização do partido é uma categoria. Falam de História como quem fala de bola.
    É asneira até à sarreta.

    ResponderEliminar
  28. Se me respondesses é que fazias melhor.
    Mas o teu problema não é falta de tino.
    É mesmo o teres nascido.

    ResponderEliminar
  29. caro Dino cada um fala sem ofender, defendendo pontos de vista, de exclamações, de interjeições, eu até consigo falo. Quanto ás aulas de desanalfabetização também frequentei, mas como lhe faço constar, o que nunca fui foi partido, sou inteiro, com uma ligeira tendência para ser mal educado com quem frequentou as aulas de analfabrutazição que parece transparecer em vossa excelência. Para terminar, já agora, se aqui se fala de história como se fala de futebol, segundo constata, como vê é fácil para si passar a falar de outras coisas que não apenas futebol.

    ResponderEliminar
  30. A Licença de Isqueiro foi abolida em Maio de 1970.

    ResponderEliminar

Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.