António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
terça-feira, 20 de junho de 2006
Óh Freguesia de S. Pedro
Foto:
Pedro Cruz
Óh Freguesia de S. Pedro
Porque choras de saudade? ...
Antes, havia medo
Hoje existe a liberdade!
Minha Terra natal
Minha Terra amorosa
Gostar de ti é normal
Mas duma maneira fogosa
Um país para ser feliz
Deve libertar o povo
Pois o povo é do país
E o país é do povo!
Sei que não és cidade!...
E como gosto de ti...
Mas se faltar a liberdade
Não vou viver mais aqui.
Mas sei que vou ficar.
Ninguém me tira a liberdade
Muito menos a vontade
De simplesmente olhar o mar!
3 comentários:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
Bonito poema tio!
ResponderEliminarAi que saudades que eu tenho desse mar... Pelo menos vou-me deliciando com as fotos que o primo tira.
Beijinhos aos dois.
Chama-se a isto um poema com alma, tirado do fundo do coração por de alguém com a alma dorida de tanta dor...
ResponderEliminarAlguém que já fez tanto, por esta terra que não merece os COICES que alguns BURROS? Mal empregado nome, lhe,têm dado.
Mas grande amigo e companheiro, há um ditado que diz: "A cavalo dado não se olha a dente"
È e serão,por alguns tempos estes energumes,com que temos que levar, não há volta a dar.
Muitas vezes dá vontade de perguntar:Porquê tanto ódio?
O que queremos todos é o bem da nossa terra.
Mas companheiro,quando se faz alguma coisa a troco de nada, temos sempre de levar o coice.
Quando os outros(BURROS?)Fazem qualquer coisa, a pensar primeiro eu, depois eu e depois eu, ai a coisa é outra, só palmas que são gente fina.
FORÇA COMPANHEIRO!!!
FAMOSOERUDITO
Parabéns ao autor. É o único comentário a fazer.
ResponderEliminar