PORTINHO DA GALA, uma estrutura que custou mais de 2 milhões de euros...

Pescadores da Figueira da Foz alertam para perigo de morte em cais da margem sul 

"Em causa, segundo vários pescadores ouvidos pela agência Lusa, está o assoreamento daquele porto de abrigo (formalmente chamado Cais do Núcleo Piscatório da Cova-Gala) que acolhe embarcações de pesca artesanal e de recreio, e que é invadido por lamas nas marés vazantes, junto ao pequeno embarcadouro constituído por vários passadiços flutuantes e uma rampa de acesso ao rio. A situação é, aparentemente, recorrente – os pescadores argumentam que o molhe exterior que prolonga a margem esquerda do braço sul do rio Mondego, junto à rampa de acesso, é curto em comprimento e não impede a passagem das lamas – e querem ver a situação resolvida definitivamente."
Foto: António Agostinho

O Portinho da Gala foi inaugurado em 2004. Cerca de 10 anos depois, a autarquia inaugurou um centro cultural e de convívio, que custou cerca de 120 mil euros,  para a comunidade piscatória. Pelo meio, foram construídos os 80 armazéns. 
Desde 2018, que o gabinete jurídico da Câmara da Figueira da Foz está a fazer um novo regulamento para o Portinho da Gala, contando com o contributo da Junta de Freguesia de São Pedro e da Capitania da Figueira da Foz.

25 de Novembro: uma comemoração despropositada

Via Público

«Comemorar os 49 anos do 25 de Novembro na Assembleia da República com o mesmo modelo dos 50 anos do 25 de Abril é uma aberração. Comemorar os 50 anos do 25 de Novembro com o mesmo modelo dos 50 anos do 25 de Abril, convenhamos, também seria um disparate.

Mas é isso que vai acontecer dentro de dias no Parlamento, fruto de uma convergência e de uma pressa deliberada dos partidos de direita. Foi aprovado com os votos do PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega, no final de uma discussão em que o partido proponente declarou tratar-se de uma “vitória do CDS e uma vitória de todos os democratas”.

Na sessão que celebrará para a semana o 25 de Novembro, o PSD aparecerá colado à extrema-direita, que concretizou, através do CDS, um dos seus sonhos: centrar a discussão numa polarização entre si e partidos como o PCP e o BE. Há cinco anos, em plena “geringonça”, fazer essa discussão era um embaraço para o PS, que tinha naqueles partidos um importante suporte. Hoje, ter o figurino a que vamos assistir no Parlamento é um presente que o PSD dá de bandeja ao Chega.»

«O PCP não vai estar presente na sessão solene de celebração do 25 de Novembro de 1975 na Assembleia da República, anunciou ontem o secretário-geral do partido, rejeitando a “operação em curso” de “apagamento do 25 de Abril”

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

By pass e a definição dos políticos...

No decorrer da última campanha eleitoral, o PSD/Figueira colocou cartazes como o da imagem abaixo em S. Pedro, Costa de Lavos e Leirosa.
O ano passado, a maioria absoluta do PS, inviabilizou esta pretensão da comunidade figueirense que vive o problema da erosão a sul da barra do Mondego.

As obras na linha costeira da Figueira da Foz criaram um desequilíbrio brutal na costa do nosso concelho, que se tem vindo a agravar anos após ano. 
O concurso público para a concepção e construção do BYPASS volta a ser votado na Assembleia da República, nas alterações ao Orçamento de Estado 2025. Nos próximos dias saberemos se vamos ter os 18,1 milhões de euros para a execução do BYPASS ou não.
E vamos saber mais... Vamos saber quem está verdadeira e genuinamente preocupado com a erosão costeira e quem tem andado a fazer politiquice com um tema decisivo para a segurança dos moradores a sul do rio Mondego.
O ano passado sabemos o que aconteceu. Este ano, em breve veremos...




Assim se vai fazedo o caminho...

A Direita anda a lançar a confusão, via Comunicação Social, para ir minando o já cada vez mais delapidado e depauperado SNS. O objectivo é óbvio: levarem por diante o seu objetivo neo-libral de privatização do negócio da doença.
A comunicação social, em vez de cumprir o seu papel, tem prazer em explorar a iliteracia financeira dos seus consumidores. «É todo um programa político onde só há um perdedor, o suspeito do costume, conhecido como "cidadão", ou "contribuinte", se bem que a melhor de todas, ainda que nunca invocada, seja "eleitor"
[Imagem "Britain's Prime Minister Margaret Thatcher and President Ronald Reagan share a laugh during a break from a session at the Ottawa Summit on July 21, 1981, at Government House in Ottawa, Canada"]

Citando Filipe Tourais.
«Não é a primeira nem será a última vez que ouviremos que a Saúde deu “prejuízo”. Comprovadamente, os empreendedores da Saúde contam com uma comunicação social feita à medida dos seus interesses para difundirem a mitologia que melhor serve a sua fúria privatizadora.  Energia, combustíveis, auto-estradas, banca, é longa a série de sectores de actividade onde o risco e a concorrência estão ausentes, que Garantem rendas e não lucros. Rendas exorbitantes, inigualáveis por qualquer actividade  desenvolvida em sectores com risco e concorrência, onde  o poder político que distribui as rendas não se mete.  A Saúde é um dos sectores que ainda lhes falta conquistar. Não há-de faltar muito. "Era uma vez uma Saúde que ainda era pública e já  havia muito boa gente a dizer que dava "lucros"/"prejuízos" [riscar o que não interessa]".»

O grau zero da governação

«A crise do INEM diz-nos mais acerca da governação do Estado. No caos agora posto a descoberto está também contida a insustentável falácia com que nos entretiveram os últimos governos de Costa e que o executivo de Montenegro se esforça por manter viva: a ideia de que governar não é sempre gerir recursos escassos e fazer opções dolorosas. Talvez seja mesmo apócrifa a frase atribuída a Lincoln e alegadamente pronunciada em Clinton, Illinois, em 1858: “Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo; podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não vos será possível enganar sempre toda a gente.” Mas a frase é no mínimo ben trovata. Não há cativações, não há horas extraordinárias, não há expedientes ou artimanhas, por mais engenhosos que sejam, que possam dar a todos, durante todo o tempo, a ilusão de que se concluiu finalmente a quadratura do círculo na gestão da coisa pública: servir todas as clientelas e ainda cumprir o milagre das contas certas. E o problema, convém desmontar o equívoco, não é Bruxelas nem são as contas certas que outra coisa não são, aliás, do que a saudável garantia de que não obrigamos os nossos netos a pagar os nossos desmandos. O problema, por mais cruel e desagradável que seja dizê-lo, é que não é possível ter a TAP, ter a Efacec, ter autoestradas sem portagens, ter 35 horas de trabalho semanal e mais um sem número de ideias generosas e pias financiadas por recursos públicos e ainda assegurar que o Estado não falha naquilo que são os seus deveres essenciais.


Podemos e devemos divergir acerca das prioridades para a alocação dos recursos (sendo certo que da extrema-esquerda à extrema-direita todos concordamos que garantir uma rede eficaz de prestação de serviços de emergência médica é uma delas). É nessa divergência que se deve consubstanciar, aliás, o essencial do combate político. Aquilo que é profundamente perverso é continuar a gerir o Estado com base em pensamentos mágicos. A manta é curta e não é por apagarmos a luz para não a ver que deixaremos de sentir frio nos pés.»

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Francisco José Viegas é o convidado de novembro das 5.ªs de leitura

O professor, jornalista, escritor e editor Francisco José Viegas é o convidado de novembro do projeto de promoção e incentivo à leitura «5as de Leitura», cuja sessão terá lugar dia 21 pelas 21h30, na Sala de Leitura da Biblioteca Municipal da Figueira da Foz, tendo como moderadora a professora e crítica literária Teresa Carvalho.

A entrada é gratuita, contudo, sujeita à lotação do espaço.

Vamos lá malta, salvem o prolongamento das Abadias...

«O presidente da Câmara da Figueira da Foz garantiu, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, que o prolongamento do Parque das Abadias, para norte e até perto do parque de campismo municipal, continua na agenda. Isto apesar de Santana Lopes lamentar que a atual área tenha pouca utilização. “[Não desisti do prolongamento do Parque das Abadias], mas esses investimentos são muito pesados. Se confirmarmos que que os vamos fazer, as pessoas têm de saber que isto não é de ânimo leve”, defendeu. “Até pode ser que o prolongamento venha a ajudar a uma utilização maior que aquela que existe, mas tenho pena que atualmente não seja muito mais utilizado”, vincou Santana Lopes. Aquele espaço, inserido na cidade, frisou ainda o autarca, “é um sítio onde as pessoas nem precisam de se meterem no carro para irem lá, e está a servir uma grande comunidade de pessoas que mora ali à volta”. Mas nem assim é frequentado por muita gente. Entretanto, avançou Santana Lopes, o processo do prolongamento do Parque das Abadias está em curso.»

Hugo Soares a deixar pistas sobre a tal "refundação do INEM"...

Hugo Soares nega mas, lá vai adiantando: «Um cidadão português quando está doente está pouco preocupado sobre se quem o socorre, quem o atende, é o Serviço Nacional de Saúde (SNS), se é o privado, se são as misericórdias… Não quer é pagar e quer ter o serviço»
Esta é a clássica e insistente argumentação que a direita usa quando pretende justificar privatizações na saúde...
Imagem: daqui

Foram três os partidos da esquerda que no passado fim de semana se mostraram preocupados com privatizações na área da Saúde, mais especificamente no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). O silêncio da ministra Ana Paula Martins, no sábado, não ajudou a acalmar os ânimos face às acusações do líder do PS, Pedro Nuno Santos, de que o Governo estaria a desistir do INEM para passar  a “privatizar a prestação  da emergência médica”

No domingo, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, voltou a exigir a demissão da ministra, tal como de toda a sua equipa, antes de elencar uma série de ligações entre o setor privado e o Governo nesta área. E o líder do PCP, Paulo Raimundo, afirmou, em tom de crítica, que o Governo é “extraordinariamente eficaz em transformar cada um dos problemas com o qual nós vivemos numa grande oportunidade de negócio para o setor privado”.

Da série, esta nossa barra, ai esta nossa barra!.. Esta nossa barra...

Pescadores preocupados com o estado da Barra. 
(Notícia RTP. 18 de novembro de 2024)

Em devido tempo, tudo foi avisado, tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul  da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.

Tudo nos está a ser levado...
Espero que, ao menos, perante a realidade possam compreender o porquê das coisas...

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Leitão adulto

António Fernandes Nabais

"O meu avô tinha dois apelidos e um deles era Leitão. No Carnaval, havia sempre um anónimo que lhe ligava para casa, perguntando à pessoa que tinha a sorte ou o azar de atender:

– Estou? É de casa do senhor Leitão?

– É, sim.

– Podia dizer-me quando é que chega a porco?

E pronto, era uma diversão.

Não herdei o saboroso apelido do meu avô, fiquei-me por um Nabais que, felizmente, me tem valido alguns trocadilhos que divertem e confirmam a minha geral inabilidade.

O ministro António Leitão Amaro, em declarações recentes, insinuou que há acidentes ferroviários que se devem ao facto de haver maquinistas a conduzir alcoolizados.

Será injusto, mas o porco é um animal muitas vezes associado a falta de higiene e a falta de respeito – ora, o respeito é extremamente higiénico.

A afirmação do ministro desrespeita uma classe profissional inteira, ao mesmo tempo que desresponsabiliza o governo da obrigação de contribuir para a resolução dos acidentes ferroviários.

Já há uns anos, o tão católico Mota Soares espalhou lama sobre os beneficiários do rendimento mínimo – a generalização é a arma habitual dos porcos que refocilam na política como se fosse uma pocilga, se é que me são permitidas as metáforas.

O meu avô viveu mais de 80 anos e não cresceu além do apelido. Leitão Amaro já chegou à idade adulta."

"Que Natal seja luz"... (II)

Estamos na época de investir a engalanar as árvores, as ruas e avenidas da cidade. A quadra natalícia aproxima-se, e a acreditar no optimismo reinante, o executivo figueirense está sem medo de gastar na luz, no som, na cor e na alegria

Via Diário as Beiras:


"O Município da Figueira da Foz deverá investir este ano cerca de 260 mil euros na iluminação e na animação de Natal, segundo disse aos jornalistas a vice-presidente da câmara, Anabela Tabaçó, ressalvando que este montante carece de confirmação. No ano passado, foram investidos perto de 130 mil euros. Por outro lado, a autarca sustentou que o principal objetivo do investimento é «atrair mais gente ao comércio tradicional, à restauração e à hotelaria locais.»

Também há iluminação natalícia nas freguesias rurais do concelho da Figueira da Foz, com o apoio do município, mas é na zona urbana que se concentra o maior investimento, uma vez que é também ali que há maior atividade comercial e turística e residem mais pessoas. Na Baixa, no dia 30 deste mês, será instalada uma árvore de Natal de 35 metros de altura e um parque de diversões para crianças. Entretanto, foi instalado um Pai Natal gigante no Jardim Municipal."

Estou em crer que a maioria da população do concelho apoia esta opção política camarária. Por outro lado, Santana Lopes, tal como os seus antecessores, «quer que a cidade receba bem e que as pessoas voltem e desfrutem»

Porém, é mais do mesmo. Esse é o busílis...

domingo, 17 de novembro de 2024

Auditorias...

Imagem via Diário as Beiras


Em Setembro de 2023, há pouco mais de um ano, a Câmara da Figueira da Foz avançou com uma auditoria financeira à dívida do município.
A auditoria abrangeu os exercícios compreendidos entre 1998 e 2021, conforme já tinha adiantado o presidente da autarquia, Pedro Santana Lopes, eleito em 2021 pelo grupo de independentes Figueira a Primeira.
Segundo o anúncio publicado no Portal Base, a auditoria foi realizada pela Deloitte & Associados por 69.400 euros, com um prazo de execução de 70 dias.
No início 2023, Santana Lopes tinha anunciado a intenção de a Câmara avançar com uma auditoria à evolução da dívida a partir de 1998, que era uma das suas promessas eleitorais.
“É um trabalho de que não prescindo, de conhecimento, que até pode ser contra mim”, disse, na altura, em sessão de Câmara, o autarca, que já tinha liderado a autarquia figueirense entre 1997 e 2001.
“Por mais que eu peça aos serviços, não consigo ter uma resposta esclarecedora da evolução da dívida, nem há ninguém que me a consiga explicar”, justificou o presidente da Câmara, no início de janeiro.

Se este espaço comum, a que chamamos concelho da Figueira da Foz, fosse uma empresa, há muito teria encerrado as portas, por falta de competência e má gestão de quase todos que a governaram nas últimas 4 décadas.
Já o fiz em 5 de Julho de 2015, mas pergunto novamente:
Quem é responsável por termos uma das águas mais caras de Portugal? Quem é responsável por termos um dos IMIs mais caros de Portugal? Quem é responsável pelo mau aspecto, sujidade, desleixo e abandono, estradas  esburacadas, a situação miserável da Serra da Boa Viagem, as praias, com o deserto a norte e a erosão a sul, o esquecimento das lagoas o abandono a que estão votadas aldeias e lugares mais isolados do nosso concelho? Quem é responsável pela dívida camarária? Quem é que, no fundo, assume a responsabilidade e muda isto?

É para isso que servem os líderes, para tomar o comando, nas situações que fogem ao habitual…
Como habitante, cliente e  pagante líquido desta Figueira, fica o registo desta preocupação de Santana Lopes em procurar perceber o "estado a que isto chegou"
Explicações precisavam-se. Porém, ficámos a saber o que já sabíamos. Segundo o Diário as Beiras,  Santana Lopes anunciou ontem que o relatório da auditoria à evolução da dívida municipal será apresentado na próxima reunião de câmara, no dia 28 deste mês.
Recorde-se: a auditoria, encomendada em 2023 por iniciativa do presidente da Câmara da Figueira da Foz, refere-se aos exercícios autárquicos de 1998 a 2021. Assim, abrange o primeiro mandato de Santana Lopes e os mandatos de Duarte Silva (2001 – 2009), João Ataíde (2009 – 2019) e Carlos Monteiro (2019 – 2021).
O autarca adiantou que a dívida dos últimos 25 anos “confirma, no geral, aquilo que já todos sabemos”, isto é, “a maior parte dos investimentos e da dívida que se gerou” foi no seu primeiro mandato (1997 – 2001) e no primeiro mandato de Duarte Silva, “e parte nos mandatos subsequentes”.
Pouca gente se deve recordar, mas em 2011 tinha havido um auditoria que deu, mais ou menos,  os mesmos resultados... A saber: o resultado da auditoria encomendado pela autarquia figueirense à anterior gestão do PSD, não tinha (ainda) sido tornado público, mas o vereador do Movimento Figueira 100%, a propósito do lamento dos presidentes de junta (alguns) de nem sequer terem dinheiro para pagar aos funcionários, resolveu abordar a questão numa reunião de câmara, estranhando que o presidente não tenha dado um maior «ênfase» ao documento. 
Daniel Santos, o líder dos 100% entendia que existiam «lições a tirar para o futuro» e que o documento apontava a razão «pela qual hoje existem séries dificuldades», devido à «má gestão expressa na auditoria».
Para Daniel Santos, estas e outras conclusões a que aludiu são «preocupantes», sublinhando que «por razões que têm a ver com má gestão do executivo anterior, hoje estamos a viver uma situação de carência económico/financeira na câmara» e por isso, deixou o recado ao presidente da câmara: «o seu pecado não é não conseguir fazer as coisas, foi ter prometido, quando não as podia fazer».
Mas isto aconteceu em 2011...

sábado, 16 de novembro de 2024

"Que Natal seja luz"...

Estamos na época de investir a engalanar as árvores, as ruas e avenidas da cidade. A quadra natalícia aproxima-se, e a acreditar no optimismo reinante, o executivo figueirense está sem medo de gastar na luz, no som, na cor e na alegria. 

"A 𝗙𝗶𝗴𝘂𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗷á 𝗶𝗿𝗿𝗮𝗱𝗶𝗮 𝗹𝘂𝘇 ... 𝗱𝗲 𝗡𝗮𝘁𝗮𝗹

O município da Figueira da Foz efetuou este ano um reforço do investimento nas iluminações de Natal, por forma a ir ao encontro dos anseios dos munícipes, do comércio local, da hotelaria e da restauração. Juntamente com a animação de Natal que se encontra a ser ultimada, espera que a Figueira da Foz e os espaços de comércio local sejam mais procurados por turistas e locais.

Decorreu ao final da tarde de ontem, na rua Cândido dos Reis, a cerimónia inaugural das iluminações de Natal. O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, fez-se acompanhar pelos vereadores do executivo e pelos presidentes de Junta de Buarcos e São Julião e de Tavarede. 

Foi ao som de músicas natalícias, interpretadas por jovens intérpretes (canto e violino) da Associação Pequenas Vozes da Figueira da Foz, acompanhados ao piano pela maestrina Alexandra Curado, que os diversos elementos decorativos natalícios  ganharam luz, brilho e cor.

Pedro Santana Lopes agradeceu aos serviços municipais e à empresa responsável pela montagem das iluminações o trabalho realizado e salientou que, este ano, o município decidiu alargar as zonas de colocação de iluminação decorativa de Natal a outras áreas da zona urbana, nomeadamente a Tavarede. 

O presidente da junta disse-me que Tavarede nunca teve tanta luz”, referiu Pedro Santana Lopes que lembrou que as 14 freguesias do concelho terão iluminações de Natal, de acordo o apoio financeiro atribuído pelo município para o efeito.

Pedro Santana Lopes aproveitou para anunciar que dia 30 de novembro ou 1 de dezembro será inaugurada uma árvore de Natal, com 35 metros altura, na Baixa da cidade, no parque de estacionamento situado em frente à praça 8 de Maio. Esta virá juntar-se à árvore de Natal natural de 32 metros - a araucária situada no largo Antunes Martins, ao Pai Natal gigante instalado no jardim municipal e a muitos outros adereços luminosos natalícios colocados em diversos locais da cidade, bem como às iluminações das fachadas de alguns edifícios municipais, nomeadamente os Paços do Município, a Casa do Paço, o Mercado Municipal Engenheiro Silva, o Castelo Engenheiro Silva, a Muralha de Buarcos."

O programa de animação de Natal e Passagem de Ano foi sempre uma opção dos executivos figueirenses. Podemos apoiar ou torcer o nariz a esta forma de autarcas gastarem o dinheiro. Estou em crer, porém, que a maioria da população do concelho, apoia esta opção política camarária.

Santana Lopes, tal como os seus antecessores, «quer que a cidade receba bem e que as pessoas voltem e desfrutem».

Isto é mais do mesmo: o desgaste e a falta de novas ideias é visível no actual executivo.

O que, por um lado se lamenta, pois é o resultado da desgraça de um concelho, mas, ao mesmo tempo, também não deixa de constituir um sinal e motivo de esperança.

"Que Natal seja luz."

Foto: Pedro Agostinho Cruz

Governo ordenou seis semanas de operações policiais para “aumentar o sentimento de segurança dos cidadãos”


Instrumentalizar a polícia em operação de propaganda = aumentar o sentimento de segurança dos cidadãos.

Costumava haver uma diferença entre Estado de direito democrático e totalitarismo. Costumava.

(daqui)

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Morreu Celeste Caeiro, a mulher que deu nome a uma Revolução

Tinha cerca de um metro e meio e olhos brilhantes. Deu o nome a uma revolução – a Revolução dos Cravos – e nunca se julgou merecedora de qualquer medalha ou homenagem; talvez por essa razão nunca lhe foi atribuído um reconhecimento geral e oficial. Celeste Caeiro, uma mulher que nunca deixou de ser pobre, morreu aos 91 anos de idade.

Na imagem, Celeste assiste emocionada às celebrações dos 50 anos do 25 de Abril.

O PDM é mesmo uma questão importante...

Portanto: não o utilizem para fazer politiquiceNa política figueirense anda sempre muito ruído no ar. Sobre tudo e nada e, também, sobre o PDM. 

Porém, porque aqui o que interessa é tentar contribuir para o esclarecimento tentemos evitar, tanto quanto possível, a politiquice. Recordemos: Portugal, no que concerne ao ordenamento do território, visando a segurança dos seus cidadãos, não é exemplo para ninguém. Daí, a importância dos Planos Municipais de Ordenamento do Território - Plano Director Municipal (PDM), Planos de Urbanização (PU) e Planos de Pormenor (PP) - como instrumentos da política de ordenamento do território.

O PDM abrange todo o território municipal, enquanto os PU abrangem áreas urbanas e urbanizáveis e, também, áreas não urbanizáveis intermédias ou envolventes daquelas. Os PP têm como área de intervenção, em princípio, subáreas do PDM e dos PU.
O PDM é, pois, um instrumento de planeamento de ocupação, uso e transformação do território municipal, pelas diferentes componentes sectoriais da actividade nele desenvolvidas e de programação das realizações e investimentos municipais.
Recorde-se, que o PDM da Figueira da Foz que foi ratificado pela Resolução do Conselho de Ministros nº 42/94, e publicado em 18/6, no D. R. nº 139/94, vigorou até 2017. De harmonia com o seu Artigo 4º, o período de vigência máximo do Regulamento é de 10 anos após a sua publicação no Diário da República!..

A proposta de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) actualmente em vigor,  foi aprovada  na reunião de câmara realizada em 22 de Junho de 2017, com cinco votos a favor do PS e três votos contra e uma abstenção do PSD.

Na última Revisão do PDM houve tempo para um amplo e longo debate público. O que - desde 1989 – não aconteceu. E isso não foi só responsabilidade do executivo socialista. 
Imagino, contudo, que muitas sugestões poderiam ter sido dadas e consideradas... 
Todos sabemos que não é uma tarefa fácil, mas, na Figueira, em 26 anos, vários executivos presididos por 4 autarcas - dois do PS e dois do PSD - não conseguiram realizar a revisão do PDM. 
Teve de ser feita, obrigatoriamente. 
Contudo, para isso, alguém teve de decidir. 
E esse alguém não foi a Câmara Municipal da Figueira da Foz: foi o Governo.

Uma alteração do PDM, não pode ser feita à medida. Por exemplo, recordando palavras de Luís Pena, advogado."Será correta a betonização crescente da Várzea de Tavarede com a instalação destas superfícies comerciais? E o que dizer da ocupação de parte do corredor verde das Abadias com um Aldi? E quais as consequências em termos de trânsito rodoviário? E a impermeabilização crescente dos solos? E o quebrar da harmonia do verde contínuo da paisagem? Serão isto tudo questões menores? Nas cidades e países civilizados estas superfícies comerciais, habitualmente, são instaladas fora do aglomerado urbano.
Na Figueira da Foz, a revisão do PDM de 2017 tornou-se num elemento facilitador para a sua instalação à la carte dentro da cidade.
Isto não é construir cidade, antes pelo contrário, estamos a descaracterizá-la e a destruí-la a pouco e pouco."


O PDM é mesmo uma questão importante. Por isso mesmo, antes da revisão de 2017, durante meses, o blogue OUTRA MARGEM colocou, a quem de direito e à consideração da opinião pública, diversas questões que considerou pertinentes para a melhoria do documento que foi aprovado em Junho de 2017.
Tal como acontece normalmente na política figueirense, o que continua a interessar é manter ruído no ar. Sobre tudo e nada e, também, sobre o PDM. 

INEM só há um: o público e mais nenhum...

Helena Pereira

«Ao fim de 11 dias, o Presidente da República decidiu dar um murro na mesa e avisar o primeiro-ministro de que terá de haver consequências políticas e não apenas administrativas pela falha do INEM, no socorro a situações de emergência. Foi, definitivamente, o fim do estado de graça do Governo para o próprio Marcelo Rebelo de Sousa, que tem mantido um especial equilíbrio com este executivo.»

«Favorece o populismo quem, conscientemente, ignora o elefante na sala»...

... diz ele ...

Nota de rodapé

"Em onze parágrafos de texto a frase acima representa a unica menção de tom autocrítico constante do artigo de opinião em causa.  Mas é caso para dizer que é curto, muito curto, embora represente a sua continuada tentativa de escamotear o que verdadeiramente está na origem da polémica que se seguiu ao acontecido na Câmara de Loures.

Porque a verdade é que o escândalo e indignação não rebentaram apenas por causa do «sem dó nem piedade» de Ricardo Leão. Muito mais importante e muito mais grave do que isso foi aquilo de que, desde há semanas, o Presidente da Câmara de Loures não fala: a saber, que ele próprio mais os eleitos do PS e do PSD aprovaram uma proposta do Chega no sentido de alterar o regulamento de habitação municipal para que fossem despejados  os autores de violência ou desacatos, o que além de ilegal é desumano porque os incriminados ou julgados podem pela certa ter ascendentes ou descendentes (inocentes!) a viver na sua casa.

É disto que, nas suas já frequentes explicações, Ricardo Leão nunca fala. Mas é isto que é grave, intolerável e é preciso lembrar."

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

A Assembleia Municipal da Figueira Foz deu luz verde à conclusão do processo de prorrogação do contrato de concessão de água e saneamento até 2049

"A Assembleia Municipal da Figueira Foz deu luz verde à conclusão do processo de prorrogação do contrato de concessão de água e saneamento até 2049, que representa um pacote financeiro total de 42 milhões de euros.
Na reunião extraordinária desta tarde, que tinha apenas um único ponto na ordem de trabalhos, a proposta do executivo liderado por Pedro Santana Lopes foi aprovada por maioria, com 23 votos a favor, 11 abstenções e dois contra.
Com base neste aditamento ao contrato, que terminava em 2029, a empresa Águas da Figueira, concessionária do sistema de água e saneamento, vai investir num período de 12 anos 21 milhões de euros (ME) em infraestruturas.
Deste montante, 12 milhões de euros respeitam a novos investimentos e nove milhões de euros destinam-se à reabilitação e manutenção de redes de água e saneamento, no montante de cerca de 750 mil euros por ano.
“Até 2029 vai existir um investimento de seis dos 12 milhões de euros previstos e o restante vai distribuir-se ao longo da concessão”, disse, em fevereiro, a vice-presidente da autarquia, Anabela Tabaçó, aquando da aprovação da minuta do acordo, que foi depois enviada para a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR).
O aditamento ao contrato estabelece também o aumento da renda do edifício sede da Águas da Figueira de 2.700 euros mensais para 10 mil euros e do valor da concessão de 343 mil para 700 mil euros por ano.
A fórmula de atualização do tarifário sofre igualmente alteração, com a retirada da componente energética e a redução da Taxa Interna de Retorno (rentabilidade) do projeto que passa de 10,5% para 9,2%.
A vice-presidente da autarquia sublinhou que, em 12 anos, o aditamento ao contrato de concessão representa um pacote financeiro de quase 42 ME, sem implicar o aumento extraordinário das tarifas, e o aumento da cobertura de saneamento dos atuais 96% do concelho para 98 a 100%”.
A negociação do prolongamento do contrato, concluída no início deste ano, foi apontada como a solução “mais favorável” para o município, que colocou de parte o resgate da concessão por ter um custo de 20 ME.
Segundo Anabela Tabaçó, o resgate seria bastante penalizador para a autarquia que “não teria capacidade financeira para executar os investimentos previstos.
O quarto aditamento ao contrato de concessão à empresa Águas da Figueira recebeu no final de outubro parecer positivo da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR)."

O QUE EU GOSTARIA DE SABER


CARLOS MATOS GOMES

"O que eu gostaria de saber é o que leva um ser humano a praticar o mal. Toda a filosofia ocidental está marcada pelo problema da origem do mal. Mas sob a mesma designação de “mal” cabem muitos tipos de mal, o mal físico, o mal psíquico, o mal moral, mas o que eu gostaria de saber era o que leva um ser humano a destruir o outro, o seu semelhante, homem, mulher ou criança. O que leva um ser humano a destruir o seu habitat."

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

População quer encerramento imediato de suinicultura na Figueira da Foz

«A população de Carvalhais de Lavos, na freguesia de Lavos, exigiu o fecho imediato da suinicultura existente naquela localidade há cerca de 40 anos, que devia ter encerrado a actividade a 21 de agosto.

Em fevereiro, uma comissão decisória envolvendo diversas entidades, entre elas o município da Figueira da Foz e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, aprovaram o encerramento da unidade, que não foi concretizado após a empresa interpor uma providência cautelar.

“Temos muitas queixas, desde odores fortíssimos, praticamente permanentes, até aos gases e aos efluentes que não são tratados e que vão directamente para a rede doméstica”, disse à agência Lusa Carlos Quialheiro, que integra a Associação Ambiental de Lavos, que convocou o protesto.

Segundo afirmou, a situação ambiental tem-se agudizado nos últimos 15/20 anos, ao ponto de, actualmente, a população sofrer “um atentado ambiental” com cheiros nauseabundos e contaminação das linhas de água, a que é preciso colocar um ponto final.

O presidente do município da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, marcou presença no protesto e apelou aos tribunais para olharem para situações como a de Carvalhais de Lavos.

“Não pode haver aqui uma aplicação automática dos mecanismos da lei. Quando se diz que tanta coisa tem de mudar na justiça, as providências cautelares têm de mudar”, defendeu o autarca, salientando que qualquer coisa que uma Câmara faça pode chegar a um tribunal e uma ação de suspensão para tudo, durante meses e anos.

“Como é que vamos pedir a um juiz para levantar a suspensão da decisão, quando têm demorado anos a decidir processos relativos a esta empresa”, enfatizou Santana Lopes, considerando que a exploração “não pode continuar” e que o município não “vai esmorecer nesta luta e nesta atitude de combate”.

Referindo que às vezes é preciso atitudes mais revolucionárias, o presidente da autarquia da Figueira da Foz pediu à população para “subir de patamar” as formas de luta, “porque infelizmente, às vezes, a única maneira das entidades repararem é quando se age de uma maneira fora do que está convencionado”.

O autarca apelou ainda à empresa Águas da Figueira a tomarem posição sobre o funcionamento daquela exploração, sob pena de não assinar o quarto aditamento do contrato de concessão da exploração do sistema de captação, tratamento e distribuição de água e recolha e tratamento de efluentes.

Contactado pela agência Lusa, João Damasceno, administrador da Águas da Figueira da Foz, adiantou que a empresa já tinha cancelado o contrato comercial com a suinicultura, quando foi decidido o seu fecho, e que na quinta-feira vai ser tamponada a saída dos efluentes para a rede pública, com base no incumprimento de várias cláusulas no protocolo existente entre as duas entidades.»

Texto: daqui; Video: daqui

Actualização dia 14.11.24, via Diário as Beiras

Manifestação contra Crigado realiza-se daqui a pouco: às16 horas

"Está marcada para hoje, às 16h00, uma manifestação em frente à Crigado - Sociedade Agro-Pecuaria, S.A, localizada em Carvalhais de Lavos, na Figueira da Foz. A acção de protesto está a ser promovida pela Associação Ambiental de Lavos e tem como objetivo «voltar a alertar as autoridades para o que ali está a acontecer», ressalva Filipe Soares, responsável da associação, uma vez que a actividade desta empresa de suinicultura já devia ter cessado no passado dia 21 de agosto. Saliente-se que esta deliberação foi unânime e resultou de uma comissão decisória, realizada em fevereiro último e que reuniu diversas entidades, tais como a Câmara Municipal da Figueira da Foz, a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.
Após a entrega de folhetos porta-a-porta, a associação ambiental espera conseguir mobilizar o máximo de pessoas, sobretudo da margem sul do concelho, a sair à rua para protestar contra a «postura lamentável» da Crigado. Além da falta de condições na exploração de suinicultura, Filipe Soares explica que o que está em causa é a saúde e o bem-estar da população local. «Há alturas do dia, consoante o vento, em que o cheiro é indiscritível», esclarece o presidente da associação ambiental, acrescentando que «no verão, com o calor, é sempre pior»."

O melhor de Marques Mendes

Imagem: daqui

«A dois dias das presidenciais americanas de 5 de Novembro, Clara de Sousa confronta Marques Mendes: “Tudo indica que iremos ter uma luta renhida entre os dois candidatos e ao que parece os temas da inflação e o da imigração são os de maior importância.” 
Marques Mendes responde: “Sim, embora os problemas da inÇação e o da imigração sejam mais uma percepção do povo americano do que o são na realidade.” 
Clara de Sousa acrescenta: “Alimentados pelas redes sociais.” 
Marques Mendes: “Sem dúvida para favorecer uma vitória de Donald Trump.” Cinco dias após as eleições americanas, Clara de Sousa confronta Marques Mendes: “Como se pode explicar esta enorme vitória de Trump?” 
Este responde com toda a ligeireza : “Os sinais estavam lá todos. Havia uma sondagem que mostrava que 70% dos americanos reprovaram a liderança política dos democratas e os graves problemas com uma imigração massiva e descontrolada fizeram o resto.”»

Fernando Ribeiro, S. J. da Madeira, in Público