É a conclusão do mais recente relatório da Fundação para a Saúde que destaca os altos e baixos dos últimos nove anos de governação.
A Fundação lamenta que a ideia de "centro de saúde" tenha desaparecido do discurso político e critica o Governo por promover soluções nos privados sem antes investir no SNS, e sublinha a incapacidade de atrair e reter profissionais de saúde."
Nota de rodapé, via António Bernardo Colaço. Público
"A Fundação para a Saúde, no seu recente relatório, alerta para os perigos decorrentes de o Estado estar a fomentar a concorrência do sector privado da saúde contra o sector público, ao promover a iniciativa privada e esvaziando o sector público dos seus recursos humanos.
No ano passado, o Estado transferiu, incluindo medicamentos, 54% do seu orçamento, ou seja, 8 mil milhões de euros, para o sector privado.
Agora, para resolver o problema de algumas zonas sem médicos de família suficientes, o Governo vai criar Unidades de Saúde Familiar-C, ou seja, privadas, mais flexíveis do que as actuais USF-B.
Mas se o Governo insiste em não conseguir pagar para atrair e fixar profissionais no SNS, como pode o mesmo Estado resolver o mesmo problema pagando aos privados, que, além de pagarem os salários, ainda têm de dar lucro? (…)
Não estamos perante um milagre; estamos, mais uma vez, perante uma mistificação."
Sem comentários:
Enviar um comentário
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.