Graças a diretos diários e acríticos, os populistas vão ganhando espaço e fomentando a polarização
Extracto do texto "o algoritimo matou a sensatez", publicado por Rui Tavares Guedes na Visão desta semana. Para ler na íntegra clicar aqui.
«É nos momentos de crise que mais precisamos de ponderação, de raciocínio elaborado e, acima de tudo, de uma dose mínima de sensatez. A cabeça quente, como todos depressa aprendemos quando éramos novos, nunca é boa conselheira. E mesmo as decisões que pensamos tomar por instinto são, na verdade, ditadas por um acumulado de experiências ou de treino intensivo, que nos possibilitam agir com rapidez. Vivemos, no entanto, no tempo em que apenas se privilegia o imediatismo e a reação rápida, como se o mundo fosse acabar no minuto seguinte. O tempo em que, a qualquer momento, todos os assuntos são discutidos com o ardor enviesado e incendiário com que, desde há duas décadas, se convencionou que deviam ser os programas de televisão sobre futebol: duelos permanentes, com os intervenientes tantas vezes a roçarem o insulto descarado, em que a gritaria é norma, a interrupção é o truque mais usado e os argumentos são apresentados sem a mínima preocupação com a verdade, mas apenas para defender as cores do seu clube. Este estilo de debate saltou do futebol para a política – às vezes, até com os mesmos protagonistas – e, de repente, com o impulso das redes sociais, acabou por contaminar todo o espaço público.»
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