Ao ler, na edição de hoje do Correio da Manhã, esta crónica de João Pereira Coutinho, dei comigo a pensar: será Cavaco Silva o político do nosso futebol, ou será Cristiano Ronaldo o futebolista da nossa política?
Leiam.
Leiam.
"Cavaco Silva costuma
ajudar o PSD.
Desta
vez, nem por isso. Há
duas semanas, em
artigo grave, sugeriu
eleições antecipadas para
desbloquear o país.
‘Olhe
que não’, disse ele agora,
corrigindo o correctivo.
Não
insisto. Excepto para dizer
que falar em eleições antecipadas não interessa a ninguém: ao governo, que
governa; e à oposição, que
vê o governo a governar. Os
acordos com os professores,
com os polícias, com os
guardas prisionais vão
criando a ideia de que algo
mexe. Desfazer isto tem um
preço para todos.
Mas se Cavaco se corrigiu, acrescentou outro engano: a ideia de que um
Orçamento chumbado não
é um governo acabado. Em
teoria, tem razão. Mas, na
prática, só um primeiro-ministro com vocação
masoquista continuaria ao
pé-coxinho.
No Outono, o país vai
confrontar-se com um cenário de tudo ou nada.
Acrescentar ruído nesta fase
é contribuir para o nada."
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