A meu ver, porém, o que houve, o que já não foi pouco, foi a derrota da extrema-direita.
A aliança de esquerda venceu as eleições legislativas em França, sem maioria absoluta. A vitória da NFP mantém em aberto a formação do novo governo de França, uma vez que nenhum dos blocos que concorreram às eleições legislativas antecipadas alcançou a maioria absoluta.
A coligação de esquerda alcançou entre 177 e 198 lugares na Assembleia Nacional enquanto a aliança centrista do Presidente francês, Emmanuel Macron, ficou em segundo lugar, com 152 a 169 lugares. A União Nacional, de extrema-direita, que obteve a liderança na primeira volta ficou em terceiro lugar no domingo: entre 135 e 143 deputados.
Porém, o líder da União Nacional (RN na sigla em francês), Jordan Bardella, salientou que o partido registou o seu "maior avanço na história", duplicando o número de deputados, e criticou "os arranjos eleitorais" que "atiraram a França para os braços da extrema-esquerda".
"A aliança da desonra e os arranjos eleitorais perigosos negociados por Emmanuel Macron e Gabriel Attal com as formações de extrema-esquerda impedem os franceses de terem uma política de recuperação nacional", criticou Bardella, enquanto Marine Le Pen, figura de proa do partido da extrema-direita, garantiu que a vitória ficou "apenas adiada".
O Partido Socialista francês, integrado na NFP, avisou que não aceitará qualquer "coligação de opostos que traia o voto dos franceses e prolongue as políticas macronistas".
"França merecia mais do que a alternativa entre neoliberalismo e fascismo", declarou o líder do PS francês, Olivier Faure.
Stéphane Séjourné, secretário-geral do partido do Presidente francês, o Renascimento, afirmou ser óbvio que a NFP "não pode governar a França", uma vez que nenhuma coligação tem maioria na Assembleia Nacional.
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